O CÃO FILA BRASILEIRO - CENTRAL DO FILA


BEM VINDO 
AO 
BLOG  O  CÃO  FILA  BRASILEIRO

                                                                                
                                  Caro Criador e adeptos da raça: 

Nasceu o Blog o cão Fila, forte, bonito com muita saúde e vontade de vencer. É assim que me sinto, tendo dado a luz a um grande sonho, um sonho difícil de realizar, mas com muito amor e muito trabalho ele nasceu. O Blog o cão Fila quer ajudar, servir, esclarecer, ser companheiro para todos, aqueles que gostam do Fila Brasileiro. Você vai poder vender, comprar, pedir conselhos, parabenizar, homenagear, contar histórias, encontrar um parceiro. Quero que o Blog o cão Fila seja o seu melhor amigo e que aqui você encontre espaço para tudo de bom que possa fazer em prol da raça desde uma pequena dica de como criar até uma campanha de assuntos de importância nacional. Espero que todos compartilhem comigo este trabalho, que tem a pretensão de ser útil, e fazer parte da vida das pessoas que como eu tem paixão por Fila Brasileiro. Peço licença a todos para dedicar este Blog a minha esposa Wanda Domingues de Oliveira e ao meu filho Rogério Oliveira Vicente, que a onde ele esteja com certeza esta torcendo pelo sucesso do Fila.
S. P. Vicente                                                      


O Homem e o Fila
                                                                                                                                                          
  É impossível saber com exatidão como foram os primeiros contatos entre o homem e o cão. Os primeiros cães domesticados foram provavelmente exemplares de uma espécie de lobo que se alimentava de restos de caça que o homem antigo deixava ao redor de sua habitação, no Oriente Médio. Talvez os primeiros Homo Sapiens tenham caçado estes animais como alimento e ao criarem alguns filhotes tenham descoberto a sua utilidade para a realização de certas tarefas. Embora a importância histórica não seja equivalente a da domesticação do cavalo, a relação entre os cães e o homem, qualquer que seja sua origem levou a uma simbiose de resultados significativos para a cultura e a sociedade humana. Os cães não são os mais numerosos animais de estimação do homem, mas sem dúvida são os mais importantes. Além do seu emprego na guarda, na caça, arma de guerra, como animal de tração, guia de cegos e pastores, os cães têm um efeito psicológico positivo no ser humano.



Gigantes pela própria natureza

Forte, robusto, protetor, amigo incondicional dos donos, babão, amoroso e com um instinto ímpar para guarda. Assim é o Fila. Sua história data da época de um Brasil colonial e rico atravessa o ciclo do diamante e do ouro, passa pela utilização na captura de escravos, espalha-se pelas fazendas produtoras de café e cana de açúcar  e chega nos dias atuais caracterizando-se como um dos melhores cães de guarda e companhia da cinofilia mundial. Mais do que simplesmente uma raça brasileira, ele é um verdadeiro patrimônio Nacional.



SUPLICA DE UM FILA

 Trata-me com carinho, querido amigo, porque não há nada no mundo mais agradecido do que o meu coração.
Não machuque meu espírito com a vara porque, embora eu esteja lambendo as suas mãos   entre uma e outra pancada, a sua paciência e compreensão vão me ensinar mais rápido aquilo que você quer que eu aprenda.
Nem sempre eu estou certo, mas estou sempre querendo perdoar e ser perdoado.
Fale sempre comigo, pois a sua voz é a minha música mais doce, como você já deve ter percebido pelo abanar fogoso da minha cauda quando ouço os seus passos.
Por favor leve-me para dentro quando estiver frio e chovendo, pois sou um animal doméstico, não mais acostumado ao frio e à chuva.
Peço-lhe nada mais do que o privilégio de sentar-me aos seus pés, ao lado do coração.
Mantenha o meu pote cheio de água fresca, pois não posso falar quando tenho sede.
Dê-me comida fresca para que eu fique bem e possa brincar e atender aos seus comandos, para andar ao seu lado e estar apto a lhe proteger com a minha vida, caso você esteja correndo perigo.
Não posso falar quando preciso de cuidados médicos ou quando devo tomar injeção; olhe para mim e observe se estou indiferente, fugindo da comida e leve-me ao nosso amigo veterinário, para uma consulta periódica.
E, meu amigo, quando eu estiver velho e não mais gozando de boa saúde, ouvindo e vendo mal, não faça nenhum esforço heróico para me manter vivo. Eu não vou estar me divertindo. Por favor cuide para que minha vida seja suavemente tirada. Devo deixar esta terra sabendo que meu destino sempre esteve seguro em suas mãos.
Tudo o que lhe peço é que fique comigo até o fim, segure-me firme e fale comigo até que meus ouvidos não mais ouçam e meus olhos não vejam.



COMO É O FILA      




 Características: O Fila é uma raça tipicamente molossóide, com ossatura forte e poderosa, figura retangular compacta, porém harmoniosa e proporcional. Os seus passos são largos, elásticos e lembram os dos felinos. A principal característica de sua movimentação é o chamado “passo de camelo”, ou seja, movimenta os dois membros de um mesmo lado, para depois movimentar os outros. Isto lhe confere movimentos gigantes com balanço lateral do tórax e dos quadris. Sua expressão quando em repouso, é de calma e segurança. Quando atento, deve apresentar determinação, refletida num olhar firme e penetrante. A cabeça é um dos pontos fortes da raça. Deve ser grande, pesada, sempre em harmonia com o corpo. Vista de perfil, o focinho e o crânio devem ter a proporção 1:1 sendo o primeiro, ligeiramente menor que o segundo. O focinho deve ser forte, largo e profundo, sempre em harmonia com                          o crânio. Visto de cima, é cheio sob os olhos, estreitando-se muito levemente até o meio. Visto de perfil, tem linha superior reta, ou levemente romana, nunca ascendente. Os olhos devem ter o tamanho médio a grande, em formato amendoados e bem afastados. A coloração varia do castanho escuro ao amarelo, sempre em harmonia com a pelagem. As orelhas devem ser caídas, grandes, grossas, em forma de V, largas na base e estreitando-se na extremidade. Devem estar inseridas na parte mais posterior do crânio, na altura da linha média dos olhos quando em repouso, elevando-se acima da inserção original quando em atenção. O pescoço é extraordinariamente forte e musculoso, dando a impressão de curto. A garganta é provida de barbelas. A cernelha é em linha inclinada, aberta, devido ao afastamento das omoplatas e ligeiramente mais baixa que a garupa. No ponto em que termina, a linha superior muda de direção ascendendo suavemente até parte anterior da garupa.
A cauda deve ter a raiz muito larga, de inserção média, afinando rapidamente para terminar ao nível do jarrete. A altura deve ser de 65 a 75 cm para os machos e de 60 a 70 cm para as fêmeas. O peso é de no mínimo 50 quilos para os machos e de 40 quilos, no mínimo para as fêmeas. Ele é o maior e mais imponente dos cães brasileiros, também é o mais antigo a obter o reconhecimento internacional.
Assim é esse grande boiadeiro. 


             

          2014 - 63 ANOS DE RECONHECIMENTO 
                  DO FILA BRASILEIRO PRETO

Conforme Boletim informativo número 7, pág. 03, de junho de 1979.
O mestre, conforme dizem alguns adeptos, mui respeitosamente digo: Sr. Paulo dos Santos Cruz, fez o seguinte relato no ano de 1951.
Acusam-me de incoerente por haver aceito a cor preta no fila, no artigo publicado no ano de 1951, e agora, por considerá-la impura.Realmente, escrevi o que vi pelas fazendas, onde procurava fila, cachorro bravo e com natural instinto de guarda, para proteção de minha casa.O que eu entendia então, sobre cães? NADA. Sabia apenas que tinha quatro pés. Qualquer cão grande e orelhudo numa fazenda de criação de gado, para mim era fila.Não havia padrão oficial da raça, logo não teria respaldo algum, se negasse a impureza do fila preto. Os únicos no mundo, autorizados a falar sobre fila naquele tempo, eram os criadores, os fazendeiros, que chamavam a todos de cabeçudos.Foi o que fiz, relatei o que vi nas fazendas, quando via filas pretos, embora muito pouco e os fazendeiros me garantiam que eram filas.Hoje, tenho ainda na memória algumas cenas daqueles poucos filas pretos que vi.O que eu, sabia para contrariá-los?
Conclusão:
Se na época, os únicos no mundo autorizados a falar sobre o fila preto naquele tempo eram os fazendeiros e que o Sr. PSC
nada entendia sobre cães, sabia apenas que tinham quatro pés, e que diz ter visto fila preto, embora muito poucos e os
fazendeiros garantiram que eram fila, e que o próprio não pode contrariá-los, partindo deste princípio o Sr. PSC não se achou em condições de contestar os veraddeiros conhecedores do fila, quem somos nós para dizer o contrário?
PORTANTO, O FILA PRETO EXISTE, FOI APRESENTADO E VISTO PELO SR. PSC, O QUAL RECONHECEU SUA VERACIDADE NO ANO DE 1951.
Sebastião Pires Vicente
Ex. Presidente da Sociedade Paulista do Fila Brasileiro


A verdade sobre o fila preto

A verdade sobre o Fila preto. Na verdade, vamos mostrar aos leigos o que diz o item cor do Padrão Oficial da Raça da CBKC 225, reconhecido pela FCI.
Diz o padrão: Excetuando-se o branco, cinza rato, malhado, manchetado, preto e canela, (black’n’tan) e azul, são permitidas: todas as cores sólidas; tigradas de fundo sólidas; com rajas de pouca intensidade até os fortemente rajados, podendo ou não, apresentar máscara preta. Em todas as cores permitidas, admitem-se marcações brancas nos pés, peito e ponta da cauda sendo indesejáveis as manchas brancas no restante da pelagem.
Como podemos ver no padrão oficial da raça, não consta nenhuma restrição contra a cor preta no Fila. No item cor, verificando-se  o item desqualificação, faltas muito graves, faltas graves ou mesmo em faltas simples, também nada consta contra a cor preta no Fila Brasileiro.
Então, tudo que se lê ou  se ouve contra a cor preta no Fila, são frutos da imaginação de pessoas mal informadas ou de criadores mal sucedidos que só querem prejudicar trabalhos de criadores bem intencionados. Se algum  dos nossos visitantes tiver alguma dúvida, procure ler o Padrão Oficial da Raça CBKC 225 de 10/04/1994 – Classificação FCI – Grupo 2, que terá toda a verdade sobre a raça. Não dar ouvidos a  conversas de pessoas sem nenhum conhecimento sobre o Fila Brasileiro. Somente lendo o Padrão Oficial da raça é podemos ter certeza da veracidade do Fila Preto.

         Origem do Fila      


Seria bom se tivéssemos a verdadeira história do Fila Brasileiro. O que se tem são hipóteses. Na verdade não há condições de se determinar à verdadeira origem da raça. O que podemos assegurar é que a raça é genuína e absolutamente brasileira. Segundo informações,  no passado o fila era criado principalmente pelos fazendeiros, que lhes serviam para guarda e condução de                          gado. É indiscutível no entanto, que se trata de um antigo boiadeiro e não de um cão originalmente utilizado para guarda, tarefa esta, que hoje realiza com eficácia. Descendência: Devido à sua semelhança, a hipótese mais provável que circula para explicar a sua origem, hipótese esta, não totalmente destituída de veracidade, mas que peca pela impossibilidade de provar efetivamente sua autenticidade histórica, é que o fila brasileiro descende do: Buldogue Inglês antigo, Bloodhound e Mastiff Inglês. Do Buldogue Inglês antigo, ele herdou a coloração da pelagem, aptidão para o trabalho com gado,                          garupa alta  e a resistência. Do Bloodhound, herdou a pele solta, olhar melancólico e a orelha baixa. Do Mastiff Inglês, herdou o formato do crânio, a estrutura, o corpo pesado. O que se tem de concreto: É que na década de 1940, espontaneamente, algumas pessoas de São Paulo e Rio de Janeiro, começaram a cruzar sistematicamente cães vindos do sul de Minas Gerais e de Goiás, os quais tinham características semelhantes, como o tamanho, a cabeça e o temperamento. Na época, chamados pelos fazendeiros, de “boca preta”, “cão cabeçudo”ou “boiadeiro”. O reconhecimento da raça: A raça Fila Brasileiro foi reconhecido pela FCI – Federation Cynologique Internacionale no ano de 1968, graças ao esforço do Dr. Antonio Forzano, então presidente da FCI. Primeiro padrão: Foi feito em 1954, por Erwin Waldemar Ratsh, João Ebner e Paulo Santos Cruz. Este padrão foi alterado em 1976 em um simpósio realizado em Brasília e contou com a presença dos dirigentes dos clubes especializados da raça em São Paulo e Rio de Janeiro.

       PADRÃO OFICIAL DA RAÇA        


CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Fédération Cynologique Internationale
GRUPO 2
Padrão FCI 225
05/02/1997

Classificação F.C.I. Grupo 2 - Pinscher e Schnauzer, Molossóides, Boiadeiros e Montanheses
Suíços e raças assemelhadas.

Seção 2 - Molossóides
2.1 - Tipo Mastife
Padrão FCI n° 225 - 05 de fevereiro de 1997.
País de origem: Brasil
Nome no país de origem: Fila Brasileiro
Utilização: Guarda e boiadeiro
Sujeito à prova de temperamento para campeonato.
Sergio Meira Lopes de Castro
Presidente da CBKC 
Domingos Josué Cruz
Setta Presidente do Conselho Cinotécnico
NOMENCLATURA CINÓFILA UTILIZADA NESTE PADRÃO
1 - Trufa
14 - Jarrete
27 - Ponta do ombro
2 - Focinho
15 - Metatarso
3 - Stop
16 - Patas
a - profundidade do peito
4 - Crânio
17 - Joelho
5 - Occipital
18 - Linha inferior
b - altura do cotovelo
6 - Cernelha
19 - Cotovelo
7 - Dorso
20 - Linha do solo
a + b = altura do cão na cernelha
8 - Lombo
21 - Metacarpo
9 - Garupa
22 - Carpo
10 - Raiz da cauda
23 - Antebraço
11 - Ísquio
24 - Nível do esterno
12 - Coxa
25 - Braço
13 - Perna
26 - Ponta do esterno

APARÊNCIA GERAL: raça tipicamente molossóide. Poderosa ossatura, figura retangular e compacta, harmoniosa e proporcional. Apresenta, aliada a urna massa muscular, grande agilidade concentrada e facilmente perceptível. As feme as devem exibir feminilidade bem pronunciada, diferenciando-se, nitidamente, dos machos.

CARÁTER E TEMPERAMENTO: dotado de coragem, determinação e valentia notáveis. Para com os de sua casa é dócil, obediente e extremamente tolerante com as crianças. É proverbial sua fidelidade, procurando com insistência a companhia dos donos. Caracteriza-se pela aversão a estranhos. De comportamento sereno, revelando segurança e confiança própria, absorve perfeitamente ambientes e ruídos estranhos. É fiel à guarda da propriedade, dedicando-se, também, e, por instinto, às lides de gado e à caça de animais de grande porte.

EXPRESSÃO: em repouso é calma, nobre e segura. Nunca apresenta olhar vago ou de enfado. Em atenção, sua expressão é de determinação, refletida num olhar firme e penetrante.
ALTURA:
machos: 65 a 75 cm.
fêmeas: 60 a70 cm.

PESO:

machos, mínimo de 50 kg.
fêmeas, mínimo de 40 kg.

COR: o branco, cinza rato, malhado, manchetado, preto e canela e azul são cores não permitidas. São permitidas todas as cores sólidas, tigradas de fundo nas cores sólidas, com rajas de pouca intensidade até os                    fortemente rajados, podendo ou não apresentar máscara preta. Em todas as cores permitidas, admitem-se marcações brancas nos pés, peito e ponta da cauda. Indesejáveis as manchas brancas no restante da pelagem.

PELE: representa uma das características rácicas mais importantes. E grossa, solta em todo o corpo, principalmente no pescoço, onde se formam pronunciadas barbelas, estendendo-se, em muitos casos, pelo peito e abdome. Alguns exemplares apresentam uma dobra nas faces laterais da cabeça e, também, na cernelha, descendo até o ombro. Com o cão em repouso, a cabeça não apresenta rugas; quando excitado, na contração para erguer as orelhas, a pele do crânio forma, entre elas, pequenas rugas longitudinais.

PELAGEM: formada de pêlo baixo, macio, espesso e bem assentado.
CABEÇA: grande, pesada, maciça, sempre em harmonia com o tronco. Vista de cima, o aspecto é pe r iforme, inscrito num trapézio. Vista de perfil, o crânio e o focinho guardam a proporção aproximada de 1:1, sendo o focinho ligeiramente menor que o crânio.

CRÂNIO: (3) de perfil, mostra suave curva, do stop ao occipital, que é bem marcado e saliente, notadamente nos filhotes. De frente, é largo, amplo, com a linha superior ligeiramente arqueada. As faces laterais descem em curva, quase vertical, estreitando­se para o focinho, sem fazer degrau.

STOP: (2) visto de frente, é, praticamente, inexistente. Sulco sagital em suave ascendência até, aproximadamente, a metade do crânio. Visto de perfil, é baixo, inclinado e, virtualmente, formado pelas arcadas superciliares, muito desenvolvidas.
FOCINHO: (1) fòrte, largo, profundo,, sempre proporcional ao crânio. Visto de cima, é cheio sob os olhos, estreitando-se, muito levemente, até o meio, alargando-se, também levemente, até a curva anterior. Visto de perfil, a linha superior é reta ou levemente romana, nunca ascendente. A linha anterior é quase perpendicular à linha superior; com ligeira depressão logo abaixo do nariz, e seguindo para a linha inferior por uma curva perfeita dos lábios superiores, que são grossos, pendentes, sobrepõem-se aos inferiores, definindo a linha inferior do focinho, quase paralela à superior, terminando com a comissura labial sempre aparente. Lábios inferiores: bem ajustados ao maxilar, da ponta do queixo até os caninos, soltos daí para trás, com as bordas denteadas. Focinho de boa profundidade na raiz, sem ultrapassar o comprimento. Na oclusão dos lábios, a rima labial se delineia em forma de "L1" invertido, profundo.

NARIZ: narinas de cor preta, largas, bem desenvolvidas, sem ocupar toda a largura do maxilar.
OLHOS: de tamanho médio a grande, em formato amendoado e bem afastados, de inserção média a profunda; a coloração vai, do castanho escuro ao amarelado, sempre de acordo com a pelagem. Devido à pele solta, muitos exemplares apresentam pálpebras caídas, detalhe que não deve ser considerado falta, pois aumenta o aspecto triste do olhar típico da raça.


ORELHAS: grandes, grossas, em forma de "V". Largas na base, estreitando-se na extremidade arredondada. Inserção inclinada, com o bordo anterior mais alto que o posterior, na parte mais posterior do crânio, na altura da linha média dos olhos, quando em repouso. Quando em atenção, a base eleva-se acima da inserção. Portadas caídas de lado (1) ou dobradas para trás (Z), mostrando o seu interior.

DENTES: caracterizam-se pela maior largura em relação à altura. São fortes e claros. Os incisivos superiores, largos na base e afilados na ponta. Os caninos são poderosos, bem inseridos e afastados. A mordedura ideal é em tesoura, sendo admissível a mordedura em torquês.

PESCOÇO: extraordinariamente forte e musculoso, dando a impressão de curto. Linha superior levemente arqueada, destacando bem a passagem do crânio para a nuca. Garganta provida de barbelas.
TRONCO: forte, largo e profundo, revestido de pele grossa e solta. Tórax mais longo que o abdome. O comprimento do tronco, medido do antepeito à parte posterior da nádega, é determinado pela altura da cernelha, mais 10%.

LINHA SUPERIOR: cernelha inclinada, aberta, devido ao afastamento das escápulas, e ligeiramente mais baixa que a garupa. Após a cernelha, a linha superior muda de direção, ascendendo até a garupa, sem qualquer tendência a sela ou carpeamento.


TÓRAX: costelas de bom arqueamento, sem, todavia, influenciar a posição dos ombros, peito largo e profundo, atingindo a ponta do cotovelo. Peitorais (antepeito) bem salientes.
FLANCOS: menos longos e menos profundos que o tórax, mostrando a separação de suas regiões integrantes. Nas fêmeas, as abas do flanco são mais desenvolvidas. Visto por cima, é menos largo e cheio que o tórax e a garupa, porém, sem marcar cintura.

LINHA INFERIOR: peito longo e paralelo ao solo, em toda a sua extensão. Ventre suavemente ascendente, nunca esgalgado.
GARUPA: angulada aproximadamente a 30°com a horizontal;, larga, longa, delineando uma curva suave. Pouco mais alta do que a cernelha. Vista por trás, a garupa deve ser ampla, de largura aproximadamente igual à do tórax, podendo ser ainda mais larga nas fémeas.

ANTERIORES: ombros idealmente estruturados por dois ossos de igual tamanho (escápula e úmero), sendo que, a escápula faz 45° com a horizontal e aproximadamente 90° com o úmero. A articulação escápulo-umeral, que forma a ponta do ombro, está situada no mesmo nível e um pouco atrás da ponta do esterno. No ideal, o ombro deve ocupar o espaço da cernelha ao esterno, e a ponta do ombro deve situar-se à meia altura dessa distância. Uma perpendicular, baixada pela cernelha, deve atravessar o cotovelo e recair na pata. A altura do cotovelo ao chão é igual à do cotovelo à cernelha. Braços paralelos, de ossatura poderosa e reta, carpos fortes e aparentes, metacarpos curtos, levemente inclinados.

PATAS: formadas por dedos fortes e bem arqueados, não muito juntos, apoiados em digitais espessos e contornando almofadas plantares largas, profundas e grossas. Em sua posição correta, os dedos devem apontar para a frente. Unhas fortes, escuras, podendo ser brancas quando essa for a cor do respectivo dedo.

POSTERIORES: de ossatura forte, ligeiramente mais leve que a dos anteriores, porém nunca deverá parecer fina em relação ao todo. Coxa larga, de contorno abaulado, formada pelos músculos que descem do ílio e do ísquio, que delineiam a curva da nádega, razão de exigir-se o ísquio de bom comprimento.

PERNAS: paralelas, tarsos fortes, metatarsos levemente inclinados, mais altos que os metacarpos. Angulações do joelho e jarrete, moderadas.

PATAS: iguais às anteriores, apenas, um pouco mais ovaladas. Não devem apresentar ergôs.
CAUDA: de raiz muito larga, inserção média, afinando rapidamente, coma ponta alcançando o nível do jarrete. Quando o cão está excitado, eleva-se, acentuando a curva da extremidade. Não deve cair sobre o dorso ou enroscar-se.

MOVIMENTAÇÃO: passos largos, elásticos, lembrando os dos felinos. A característica principal é a movimentação dos dois membros, de um mesmo lado, para depois movimentar os do outro (passo de camelo); o que lhe confere movimentos gigantes, com balanço lateral do tórax e dos quadris, acentuados na cauda, quando está erguida. Na passada, a cabeça é portada abaixo da linha de dorso. Trote fácil, suave, livre, de passadas largas, com bom alcance e rendimento. Galope poderoso, alcançando velocidade insuspeita em cães de tal porte e peso. A movimentação do Fila Brasileiro é sempre influenciada por suas articulações, típicas do molossóide, o que, efetivamente, lhe permite súbitas e rápidas mudanças de direção.

FALTAS GERAIS: Tentativas por meios artificiais de alcançar determinados efeitos; albinismo; deficiência de tipo etc.

DESQUALIFICAÇÕES
1) Agressividade para com seu dono;
2) Covardia;
3) Nariz cor de carne;
4) Prognatismo superior;
5) Prognatismo inferior com dentes à mostra, estando a boca fechada;
6) Falta de 1 (um) dente canino ou 1 (um) molar, exceto o 3° (terceiro);
7) Olhos azuis, louçados;
8) Orelhas ou cauda operadas;
9) Garupa mais baixa que a cernelha;
10) Todos os cães brancos, cinza-rato, malhados, manchetados e os pretos e
castanhos;
11) Abaixo do mínimo de altura;
12) Ausência de pele solta;
13) Ausência do passo de camelo.
FALTAS MUITO GRAVES
1) Cabeça pequena;
2) Lábios superiores curtos;
3) Stop pronunciado, visto de frente;
4) Olhos protuberantes;
5) Falta de 2 (dois) dentes, exceto os P l;
6) Falta de barbelas;
7) Apatia e timidez;
8) Sensibilidade negativa ao tiro;
9) Dorso carpeado;
10) Linha superior plana;
11) Linha inferior excessivamente esgalgada;
12) Jarrete de vaca;
13) Ausência de angulações dos posteriores (perna de porco);
14) Ossatura leve;
15) Falta de substância;
16) Acima do máximo de altura;
17) Marcações em branco que excedam '/4 (um quarto) do geral:
18) Despigmentação nas pálpebras;
19) Olhos redondos;
20) Figura quadrada.

FALTAS GRAVES
1) Focinho curto;
2) Orelhas pequenas;
3) Orelhas de implantação alta;
4) Olhos excessivamente claros;
5) Presença de rugas no crânio, estando o animal em repouso;
6) Prognatismo inferior;
7) Falta de 2 (dois) dentes;
8) Papadas;
9) Dorso selado;
10) Garupa muito estreita;
11) Cauda portada enroscada, acima da linha do dorso;
12) Peito pouco profundo;
13) Desvios acentuados de metacarpos ou metatarsos;
14) Posteriores muito angulados;
15) Passos curtos.
FALTAS LEVES: Tudo que se afasta da descrição do padrão.
FALTAS: qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade.
NOTA: os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.
As fêmeas devem exibir feminilidade bem pronunciada, diferenciando-se, nitidamente dos machos.

Padrão Comentado da Raça Fila Brasileiro
















1 -APARÊNCIA GERAL
Raça tipicamente molossóide. Poderosa ossatura, figura retangular e compacta, harmoniosa e proporcional. Apresenta, aliada à uma massa, grande agilidade concentrada e facilmente perceptível. As fêmeas devem exibir feminilidade bem pronunciada, diferenciando-se, nitidamente dos machos.
COMENTÁRIOOs cães molossos Identificam-se pelo destaque craniano, ou seja, a largura do crânio aproxima-se do seu comprimento (braquicéfalo), orelhas grandes, grossas, caídas lateralmente, focinho largo, forte, profundo, massudo, dando a Impressão de grande, sempre proporcional ao crânio, lábios grossos pendentes. Uma cabeça grande, pesada, maciça, sempre em harmonia com o tronco (corpo). Tronco forte, largo e profundo, dando a Impressão de grande força concentrada, pronta a ser desencadeada, porém, não lhe anula a agilidade, a leveza, os movimentos livres, ágeis e ritmados.
Ossatura poderosa, harmoniosa, proporcional e compacta. As fêmeas exibem feminilidade bem pronunciada, diferenciando-se,                          nitidamente dos machos.
A figura do Fila, é determinada pela altura da cernelha mais 10%. Portanto o comprimento é superior à altura, Isto é, retangular. Tórax mais longo que o abdômen; não deve parecer comprido, deve parecer compacto. A harmonia deve estar presente em todo o corpo: volume da cabeça, diâmetro do pescoço, grandeza do ombro, massa, ossatura, devem revelar o sexo à longa distãncia.
DEFEITOS
Crânio estreito, orelhas pequenas, Implantação alta, focinho curto, lábios superiores curtos, ossatura leve, figura quadrada, curta e alta, desarmoniosa, pemas curtas, pernaltas, presença de rugas no crânio, estando em repouso, falta de substância (massa), movimentação pesada, dura, sem molejo, abaixo do mínimo de altura, ausência de pele solta. acima do máximo de altura, covardia, garupa mais baixo que a cernelha, dorso carpeado, dorso selado, olhos redondos e azul, orelhas e cauda operadas, stop pronunciado, marcação em branco que excedam a '/4 do geral, garupa muito estreita, peito pouco profundo.A delicadeza da cabeça e da ossatura denunciam feminilidade nos machos. Ausência dos testículos nos machos. 
 



2 - FIGURA
Retangular, compacta, porem harmoniosa, bem proporcionada, simétrica. Caracteres sexuais secundários pronunciados, destacando nitidamente machos e fêmeas.
COMENTARIOO comprimento do fila e determinado pela altura da cernelha mais 10%. Portanto, o comprimento e superior à altura, Isto e, figura retangular, tórax mais longo que o abdômen, não deve parecer longo, comprido, deve ser e parecer compacto, sem destacar qualquer parte sobre as demais. A harmonia deve estar presente em todo o corpo : volume da cabeça, diâmetro do pescoço, grandeza do ombro, massa, ossatura, devem revelar o sexo masculino do animal, mesmo a um observador à distância. A delicadeza da cabeça, da ossatura, denuncia feminilidade.
DEFEITO
Figura quadrada, curta, alta longa e desarmoniosa, pernas curtas, leves pernaltas, ossatura fraca, excessivamente pesado, compacto sem elegância, principalmente nas fêmeas.



3 - CARÁTER E TEMPERAMENTODotado de coragem, determinação e valentia notáveis. Para com os de sua casa é dócil. obediente e extremamente tolerante com as crianças. É proverbial sua fidelidade, procurando com Insistência a companhia dos donos. Caracteriza-se pela aversão a estranhos. De comportamento sereno, revelando segurança e confiança própria, absorve perfeitamente ambientes e ruídos estranhos, E Inexïndível guarda da propriedade dedicando-se, também, e, por instinto, às lides de gado e á caça de animais de grande porte.
COMENTARIO:
O Fila e um cão dotado de coragem, determinação e valentia. Não oculta sua aversão a estranhos, nem sua meiguice, obediência e fidelidade ao dono e sua família,                          dócil com os de casa. Extremamente tolerante com as crianças, procura com insistência a companhia do dono. De comportamento sereno revelando confiança e segurança. Excelente cão de guarda, exímio cão boaideiro. Sua expressão e de determinação.
DEFEITO:Animais medrosos, cauda entre as pernas, olhar aflito, covardia, sensibilidade negativa ao tiro, nervosismo exagerado, temor procurando a proteção do dono.


4 - EXPRESSÃOEm repouso é calma, nobre e segura. Nunca apresenta olhar vago ou de enfado. Em atenção, sua expressão é de determinação, refletida num olhar firme e penetrante.
COMENTÁRIOEm repouso, é calmo, nobre e seguro. Em atenção a expressão é de determinação. Seu olhar é firme e penetrante, todavia, mostrando obediência.
DEFEITOFalta de confiança, nervosismo, medo, olhar vago.
É errôneo considerar o Fila como raça gigante, cruzamentos mal orientados, podem produzir cães pernaltas, acima do tamanho. Quanto à altura do fila, ela se Iguala à multas raças do                          tamanho médio. 0 tamanho decorre de sua grande massa, ossatura, cabeça, largura, musculatura e por isso, é Importante respeitar a altura máxima e mínima estabelecida pelo padrão.
É uma avaliação difícil. Todavia, é no mínimo 40 Kg para as fêmeas e de 50 Kg. para os machos.




5 - ALTURA :Machos : 65 a 75 cm 1 Fêmeas : 60 a 70 Cm.
COMENTARlO E errôneo considerar o fila como raça gigante. Cruzamentos mal orientados, pode produzir cães pernaltas ( acima do tamanho).Quanto à altura do fila, ela se Iguala à muitas raças do tamanho médio. O tamanho decorre de sua grande massa, ossatura, cabeça, largura, musculatura Por Isso e Importante respeitar as alturas máximas e mínimas estabelecidas no padrão.
DEFEITOCães com altura acima ou abaixo do padrão.




















6 - PESOMínimo de 40 kg. para as fêmeas. 1 machos, mínimo de 50 kg



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COMENTARIO:
E uma avaliação difícil, porem, o padrão só determina o mínimo.





DEFEITO:
Cães obesos, magros em demasia.




7-COR:Excetuando-se o branco, o cinza rato, o manchetado, o preto e canela (biack'n tan) e o azul, são permitidas : todas as cores sólidas, tìgradas de fundo nas cores sólidas, com rejas de pouca Intensidade até os fortemente rafados, podendo ou não apresentar máscara preta.
Em todas as cores permitidas, admitem-se marcações brancas nos pés, peito e ponta da cauda, Indesejáveis as manchas brancas no restante da pelagem.




COMENTARIO:As listras ou rafas nos cães tigrados, não são cheias e fechadas. São formadas por pequenos riscos. Ex.: tigrados com fundo dourado, balo ou preto. Em alguns cães a quantidade de rajas são multo maiores do que em outros e as rajas podem ser compridas ou curtas.
Dourados em todas as tonalidades : do baio ao dourado avermelhado.
O detalhe Importante é a simetria do branco nos pés, peito e ponta da cauda, não podendo exceder a'/4 (um quarto) do geral.



DEFEITO:
Indesejáveis : manchetado, branco, cinza rato, malhado, preto e canela (biack'n tan) e azul, e mais de '/4 de branco

8 – PELE:
Representa uma das características rácicas mais Importantes. É grossa, solta em todo o corpo, principalmente no pescoço, onde forma pronunciadas barbeias, estendendo-se, em muitos casos, pelo peito e abdômen.
Alguns exemplares apresentam uma dobra nas faces laterais da cabeça e também, na cernelha descendo até o ombro. Com o cão em repouso, a cabeça não apresenta rugas; quando excitado, na contração para erguer as orelhas, a pele do crânio forma, entre elas, pequenas rugas longitudinais.
COMENTÁRIO:O padrão descreve muito bem como é a pele do Fila. É grossa, solta, veste todo o corpo. Todas as sobras ficam penduradas parecendo nas partes baixas, formando barbeias na garganta (pescoço), ás vezes estendendo-se pelo corpo e abdômen. Alguns apresentam dobras na face, pescoço e cernelha. Assim sendo, a testa não deve apresentar rugas, não estando em atenção. Convém repetir : O Fila por ter a pele solta e pesada, seus excessos em baixo do pescoço, pela mesma razão, a comissura labial deve ser aparente. Cães com a pele solta, ao movimentar-se esta se movimenta para a frente e para trás, e lateralmente, principalmente quando a passo.
DEFEITO:Falta de pele solta (esticado), pele fina, garganta seca (sem barbelas), testa e crânio enrugados (apresentando rugas mesmo sem o cão estar em atenção). Papada (dobras de peie na garganta) porém transversais. Quando o certo é a barbeia ser paralela.
  

9 - PELAGEM:Formada pelo pêlo baixo, macio, espesso e bem assentado.
COMENTÁRIO:Apesar da pelagem ser formada de pêlos baixos, bem assentados e macios, e espesso, e formada de pêlos grossos também, sentindo Isso ao tato.
DEFEITO:Pelagem longa, principalmente nas pernas, cauda, dorso, orelhas e pelo muito fino.


10 - CABEÇAGrande, pesada, maciça, sempre em harmonia com o tronco. Vista de cima, o aspecto é periforme, Inscrito num trapézio. Vista de perfil, o crânio e o focinho devem guardar a proporção aproximada de 1:1, sendo o focinho ligeiramente menor que o crânio.
COMENTÁRIO:Em toda e qualquer raça, o capitulo mais Importante é o da cabeça. No Fila não é diferente. No padrão diz : grande, pesada e maciça, mas não autoriza exageros. Deve estar sempre em harmonia com o tronco, de modo nenhum atrair a atenção do observador. Se alguma se sobressair, há erro ou dela ou do restante. Se um Fila tem uma cabeça que se sobressai muito, ou eia é grande demais para aquele corpo, ou o corpo é fraco demais para a cabeça. No fila, grande e pesada, deve ser entendido no sentido de nunca parecer pequena e leve; mas harmoniosa com o tronco, principalmente nos machos.
A relação cabeça e focinho, este deve ser ligeiramente menor do que o crânio, aguardando uma proporção de 1:1. O padrão exige que se mantenha a proporção citada. A orelha deve ser e parecer grandes e pesadas, pendentes, em forma de "V", largas na altura da linha média dos olhos, quando em repouso. Seu tamanho, deve ser considerado em relação à cabeça.
O stop é praticamente Inexistente, visto de frente, é baixo e Inclinado.
DEFEITO:Cabeça estreita, pequena, multo grande destacando do todo, focinho curto, focinho mais comprido do que o crânio, focinho estreito, occipital embutido, orelha alta, pequena e fina, de Inserção alta, stop alto, crânio estreito, planos.




11 - CRÁNIO:De perfil, mostra suave curva, do stop ao occipital, que_e bem marcado e saliente, notadamente nos filhotes. De frente, e largo, amplo com a linha superior ligeiramente arqueada. As faces laterais descem em curva, quase vertical, estreitando-se para o focinho, sem fazer degrau.

COMENTÁRIO:
Examinando-se o crânio de perfil, deve parecer suave. O crânio de frente é largo, amplo, com a linha superior ligeiramente arqueada, não deve dar à cabeça a forma de bola.

DEFEITO:Crânio chato de perfil ou de frente, crânio muito alto de frente e baixo atrás, sem saliência do occipital, cabeça estreita, crânio de cumeelra.



12 - STOP:Visto de frente, e praticamente Inexistente. Sulco sagital em suave ascendência ate, aproximadamente. a metade do crânio. Visto de perfil, e baixo Inclinado e, virtualmente, formado pelas arcadas superciliares, muito desenvolvidas.
COMENTÁRIO:O stop no fila, praticamente é inexistente, quando visto de frente, limitando-se a suave aclive na passagem da linha superior do focinho, para o superior do crânio. De frente, o stop é apenas aparente, formada pelas arcadas superciliares.
DEFEITO:Stop muito alto, ausência de, testa enrugada.



13 - FOCINHO:Forte, largo, profundo, sempre                          proporcional ao crânio. Visto de cima e cheio sob os olhos, estreitando-se, muito levemente, ate o meio, alargando-se também levemente, ate a curva anterior. Visto de perfil, a linha superior e reta ou levemente romana, nunca ascendente. A linha anterior e quase perpendicular à linha superior com ligeira depressão logo abaixo do nariz, e seguindo para a linha Inferior por uma curva perfeita dos lábios superiores que são grossos, pendentes, sobrepõem-se aos Inferiores, definindo a linha Inferior do focinho, quase paralela à superior, terminando com a comissura labial, sempre aparente.
Lábios Inferiores, bem ajustados ao maxilar, da ponta do queixo ate os caninos, soltos dai para trás, com bordas denteadas. Focinho de boa profundidade na raiz, sem ultrapassar o comprimento. Na oclusão dos lábios, a rima labial se delineia em forma de U Invertido profundo.
COMENTÁRIO:Dispensa comentários

DEFEITOS:Focinho curto, arrebitado, comprido, fino, estreito. Riam labial em V.
14- NARIZ:Narinas de cor preta, largas, bem desenvolvidas, sem ocupar toda a largura do maxilar.
COMENTÁRIO:As narinas devem ser de boa abertura, permitindo boa entrada de ar. Quando o `focinho' é estreito, o nariz ocupa toda a largura do focinho, sendo que o certo é,                          olhando-se de frente, ver o focinho de cada lado do nariz.
A cor do nariz sempre deverá ser de cor preta,                          sem exceções.
DEFEITOS:Nariz grande em demasia, narinas estreitas. cor de carne, nariz largo `frente do focinho.



15 - OLHOS:De tamanho médio a grande, em formato amendoado e bem afastados, de Inserção média a profunda, a coloração vai do castanho escuro ao amarelado, sempre de acordo com a pelagem. Devido á pele solta, muitos exemplares apresentam pálpebras caldas, detalhe que não deve ser considerado, pois aumenta o aspecto triste do olhar típico da raça.
COMENTARIO:Dispensa comentários.
DEFEITOS:Olhos azul louçado, redondos, excessivamente claros, muito juntos ou afastados, salientes.



16 - ORELHAS:Grandes, grossas em forma de V. Largas na base, estreitando-se na extremidade, arredondada, Inserção inclinada, com o bordo anterior mais alto que o posterior, na parte mais posterior do crânio, na altura da linha média dos olhos, quando em repouso. Quando em atenção, a base eleva-se                          acima da Inserção. Portadas caídas de lado ou dobradas para trás, mostrando o seu interior.

COMENTARIO:
Tendo o fila a pele solta, o crânio abaulado, orelhas grandes e grossas, sua Inserção deve ser baixa, pelo efeito de seu peso. A mobilidade das orelhas, quando em repouso baixa e quando em atenção alta, exige atenção especial do observador, para não afirmá-las de má inserção.

DEFEITO:
Inserção alta, estando o cão em repouso, pequenas, finas, estreitas, operadas, não tendo a forma de `V'.


17 - DENTES:Caracterizam-se pela maior largura, em relação á altura. São fortes e claros. Os incisivos superiores, largos na base e afilados na ponta Os caninos são poderosos, bem inseridos e afastados. A mordedura ideal é em tesoura, sendo admissível a mordedura em torquês.
COMENTARIO:O fila tem 42 dentes, sendo 22 Inferiores e 20 superiores. Mordedura Ideal em tesoura, ou seja, os dentes incisivos superiores encaixam à frente dos Inferiores. Em focinhos de bom comprimento, pelo menos na mesma proporção do crânio, raramente são encontradas faltas dentárias, pois os mesmos encontram espaço para se Instalarem. Uma mordedura em tesoura onde os Incisivos não se encaixam, não tem utilidade.
Admissível mordedura em torquës.
DEFEITO:Falta de qualquer um dos dentes, prognatismo superior e inferior, com dentes à mostra estando a boca fechada. Escuros e de uma só largura.

18 - PESCOÇO:Extraordinariamente forte e musculoso, dando a Impressão de curto. Linha superior levemente arqueada, destacando bem a passagem do crânio para a nuca. Garganta provida de barbeias.
COMENTARIO:Suficientemente forte e musculoso para segurar um boi ou uma caça.
DEFEITO:Pescoço fino, longo, garganta seca (sem barbelas), com papadas, pescoço portado                    alto.

19 - TRONCO:
Forte, largo e profunde, revestido de pele grossa e solta. Tórax mais longo que o abdome . O comprimento do tronco, medido do antepeito à parte posterior da nádega, é determinado pela altura da cernelha, mais 10%.
COMENTARIO:Forte, largo e profundo, revestido de pele grossa e solta. Tóxax mais longo que o abdome. O comprimento do tronco, medido do antepeito à parte posterior da nádega, é determinado pela altura da cernelha, mais 10%.
DEFEITO:Tronco estreito, largura muito avantajada.


20 - LINHA SUPERIOR:Cernelha Inclinada, aberta, devido ao afastamento das escápulas,                          e ligeiramente mais baixa que a garupa. Após a cernelha, a linha superior muda de direção, ascendendo até a garupa, sem qualquer tendência a sela ou carpeamento.
COMENTARIO:A cernelha. Inclinada. aberta dado o afastamento das escápulas, sem qualquer tendência a sela ou carpeamento e ligeiramente mais baixa que a garupa, perfeitamente aparente em linha Inclinada, no ponto em que termina a escapula, a linha superior muda de direção ascendendo em linha reta até a garupa, Tornando visível a garupa mais alta que a cernelha, mas o anterior e o posterior tem alturas Iguais a cernelha, só que a linha entre estas duas partes não são horizontais, mas sim Inclinadas.

DEFEITO:
Dorso reto, selado, carpeado, frente mais alta do que a garupa ( garupa baixa).



21 - TÓRAX:Costelas de bom arqueamento, sem todavia, influenciar a posição dos ombros, peito largo e profundo, atingindo a ponta do cotovelo. Peitorais (antepeito) bem salientes.



COMENTARIO:A costela deve Ter um bom arqueamento, descer em linha suave e de angulo Igual ao da partida. Se a costela desce em curva mais acentuada, dá a Impressão de tórax em barril. Se a costela desce em vertical, sem curva, o tórax fica longe do ombro (estreito) frente francesa. Cotovelos apontado para dentro, pós para fora A costela com curva em demasia fica curta e não chega ao cotovelo, tórax sem profundidade.




DEFEITO:Tórax de barril, peito estreito, cotovelo solto, frente francesa, tórax curto, peito sem profundidade.

22 - FLANÇOS:Menos longos e menos profundos que o tórax, mostrando a separação de suas regiões Integrantes. Nas fêmeas, as abas do flanco são mais desenvolvidas. Visto por cima, é menos largo e cheio que o tórax e a garupa porém, sem marcar cintura.
COMENTAM:Menos longo, menos profundo que o tórax. Visto por cima, o flanco é menos largo que o tórax e que a garupa.
DEFEITO:Flanco sem destaque nenhum de suas partes, flanco chupado, flanco esgalgado e comprido.

23 - LINHA INFERIOR:Peito longo e paralelo ao solo, em toda a sua extensão. Ventre suavemente ascendente, nunca esgalgado.
COMENTARIO:A linha inferior é composta de duas linhas retas. A primeira paralela ao chão (linha Inferior do tórax). A Segunda suavemente ascendente (linha do ventre). O antepeito, correto e cheio, Impede que os dianteiros cruzem durante o trote.
DEFEITO:Antepeito chato, nível do ombro - peito acima dos cotovelos - externo curto. A linha inferior esgalgada e caída.

24 - GARUPA:Angulada, aproximadamente a 30 graus com a horizontal, larga, longa, delineando uma curva suave. Pouco mais alta do que a cernelha. Vista por trás, a garupa deve ser ampla, de largura aproximadamente Igual á do tórax, podendo ser ainda mais larga nas fêmeas.
COMENTARIO:O fila ao ser observado por cima, deve a largura da garupa equivaler á do tórax, ou pelo menos, não distanciar muito dela. O músculo que reveste o Ilíaco, esculpe a garupa, desenham as curvas anteriores e posteriores da coxa, dando-lhe forma. Garupa plana, a cauda fica de Inserção alta e tende a enroscar. Garupa baixa (caída) cauda de inserção muito baixa, garupa curta, ílio e isqulo pequeno (curto) , isqulo curto, nádega chata, garupa estreita, ílio e isqulo compridos, garupa magra, músculo fraco. A garupa vista por trás, deve ser ampla, larga, musculosa e a coxa estruturada, pernas paralelas às coxas.
DEFEITO:Garupa plana, sem inclinação, pequena, alta.

25 -ANTERIORES:Ombros idealmente estruturados por dois ossos de Igual tamanho (escápula e úmero), sendo que a escápula faz 45 graus com a horizontal e aproximadamente a 80 graus com o úmero. A articulação escápulo-umeral, que forma a ponta do ombro, está situada no mesmo nível e um pouco atrás da ponta do esterno. No Ideal, o ombro deve ocupar o espaço da cernelha ao esterno e a ponta do ombro deve situar-se a meia altura, dessa distância.
Uma perpendicular, baixada pela cernelha, deve atravessar o cotovelo e recair na pata. A altura do cotovelo ao chão, é igual á do cotovelo à cernelha . Braços paralelos, de ossatura poderosa e reta, carpos fortes e aparentes, metacarpos curtos, levemente inclinados.
COMENTARIO:A altura do cotovelo ao chão é Igual à do cotovelo à cernelha.
Os ombros são estruturados por dois ossos de Ideal tamanho, Idealmente estruturados. A escápula faz 45 graus com o horizontal e aproximadamente 90 graus do úmero. No Ideal, o ombro deve coincidir com a profundidade do tórax. A altura do cotovelo ao chão é a mesma do cotovelo à cernelha.
DEFEITOS:
Cernelha chata, ombros fechados, cernelha alta, ombro baixo ou alto, fechado ou aberto. ombro

26 - PATAS:
Formadas por dedos fortes e bem esqueados, não muito juntos, apoiados em digitais espessos e contornado almofadas plantares largas, profundas e grossas. Em sua posição correta, os dedos devem apontar para a frente. Unhas fortes, escuras, podendo ser brancas, quando essa cor for a cor do respectivo dedo.
COMENTARIO:
As patas são grandes e uma das partes mais importamntes no manejo docão, suaviza a movimentação. São formadas por dedos fortes e bem arqueados, não muito juntos, almofadas plantares largas, em sua posição correta, os dedos devem apontar para a frente.
DEFEITO:Má formação na almofada plantar, dedos elevados, pata para fora ou para dentro, pata de gato ou de lebre.

27 - POSTERIORES:
De ossatura forte, ligeiramente mais leve que a dos anteriores, porém nunca deverá parecer fina em relação ao todo. Coxa larga, de contorno' abaulado, formada pelos músculos que descem do ílio e os do isquio que delineiam a curva da nádega, razão de exigir-se o ísquio de bom comprimento.

COMENTARIO:
A coxa tem a forme de um presunto, formada de uma boa massa muscular. A ossatura do posterior é forte, ligeiramente mais leve que os anteriores, mas nunca parecer fina em relação ao todo., e as pernas são paralelas às                          coxas.


DEFEITO:
Posteriores muito angulados, falta de anguladõo, jarrete de vaca, pernas em barril.


28 -PERNAS:
Paralelas, tarsos fortes metatarsos levemente inclinados, mais altos que os metacarpos. Anguiações do joelho e jarrete, moderadas.
COMENTARIO:Vista por trás as pernas devem ser retas, verticais e paralelas, tarsos fortes, metatarsos levemente Inclinados, angulações do joelho e jarrete moderadas.

DEFEITO:Perna em "X" (Jarrete de vaca) joelhos ,e pés apontando para fora, perna torta para fora, perna "O " em vista de trás.

29 - CAUDA:De raia multo larga, Inserção média, afinando rapidamente, com a ponta alcançando o nível do jarrete. Quando o cão está excitado, eleva-se, acentuando a curva da extremidade. Não deve cair sobre o dorso ou enrosca-s

COMENTARIO:Olhando de lado, deve estar adaptada á curva da garupa, não se destacando em demasia. Sua Inserção é média, calda de ruís grossa, indica coluna forte.

DEFEITO:Cauda de Inserção baixa ou alta em demasia, curta, operada, fina, acima da linha do) arrete, enrolada e acima do dorso.

30 - MOVIMENTACÃO:Passos largos, elásticos, lembrando os dos felinos. A característica principal, é movimentar os dois membros, de um mesmo lado, para depois movimentar o outro lado (passos de camelo), o que lhe confere movimentos gigantes, com balanço lateral do tórax, acentuados na cauda, quando está erguida. A passo, a cabeça é portada abaixo da linha do dorso. Trote fácil, suave, livre, de passadas, largas, com bom alcance e rendimento. Galope poderoso, alcançando velocidade Insuspeita, em cães de                          tal porte e peso. A movimentação do Fila Brasileiro é sempre Influenciada por suas articulações, típicas do molossóide, o que, efetivamente, lhe permite súbitas e rápidas mudanças de direção.

COMENTÁRIO:
1 - PASSO - A movimentação do Fila aparentemente desengonçada, é acentuando no andar pelo passo de camelo. O balanço das laterais - tórax , da garupa e da cauda, dão ao passo, tipicidade marcante. É a ginga lateral que determina a movimentação do trem traseiro "posterior" se acentuando, Independente do trem dianteiro "anterior". Os passos são largos, elásticos e a principal característica é a movimentação das duas pernas de um lado e só depois a do outro lado - perfeito passo de camelo - Movimentando, o Fila mantém a cabeça no nível ou abaixo da linha do dorso

DEFEITOS:Passo sem manejo, passo em "X", passo miúdo.

31 - TROTE:
Fácil, suave, largo, de bom rendimento.

COMENTÁRIO:O trote é resultante da estrutura óssea : esqueleto perfeito, trote perfeito; esqueleto defeituoso, trote defeituoso. O trote denuncia estrutura e angulações equilibradas, próximas á perfeição. Qualifica-se de "bom rendimento"o trote que percorre grandes espaços de terreno, com poucas passadas, mas largas, suaves, equilibradas, sem o cão demonstrar esforço.

DEFEITO:Trote pesado, sem molejo, trote levantando muito os pés, trote descompassado, sem cobertura de solo e sem                          direção.

Presados criadores, proprietários e adeptos da raça esclarecemos que as fotos colocadas nesse padrão comentado não tem a finalidade de denegrir qualquer cão ou de exaltar outros e sim de esclarecer, se por ventura desagradar alguém solicite-nos que nós retiraremos a foto solicitada de imediato.




Depoimentos





Juízes e Criadores
Nessa página você vai encontrar depoimentos sobre o Fila Brasileiro de criadores e Juízes, ambos dando o seu parecer sobre a evolução da raça.


Walter Vertuan, do Canil Tibaitá – Brenda Lee, de Campo Limpo Paulista,SP:” Na década de 70, era comum os criadores estimularem no Fila um temperamento bravo e raivoso. Era desejável que atacasse partindo feito louco, e poucos conseguiam faze-lo parar. Nas exposições, esse comportamento ajudava a passar pelas provas de temperamento. Nos anos 70 e 80, o Fila ganhava poucas exposições. Desconfiávamos de que os juízes tinham medo de manipular o cão para avalia-lo e, além do mais, o próprio padrão dizia que se atacasse, não seria considerado como falta.Em 1985, um Juiz julgava o Fila com uma cadeira na mão, como se fosse um domador de leão. Essas cenas continuaram até, mais ou menos, 1988. Em conversa com alguns juízes, descobrimos que, no dia em que eles pudessem tocar os cães, o Fila poderia ganhar mais exposições. Ao mesmo tempo, a imagem de cão perigoso, estava reduzindo a procura pela raça. Esses fatos levaram muitos criadores de São Paulo a trabalhar na sociabilizacão para obterem um temperamento menos agressivo. Na medida em que conseguiram atingir esse objetivo, a raça passou a ganhar mais premiações. Hoje, é um cão de comportamento muito equilibrado, e o mais importante: não perdeu a característica de guardião. Atualmente são muitos os Filas sociabilizados. Alguns podem até ficar soltos na sala, sem intimidar as visitas, permitindo ser acariciados. A sociabilizacão foi importante para assegurar ao Fila, partir de 90, estar sempre entre os primeiros colocados nos rankings do sistema CBKC. Hoje, os únicos que mantêm a criação antiga são os poucos criadores do Clube de Aprimoramento de Fila Brasileiro, ainda incentivando a sua agressividade.


Jether Garotti, criador há 27 anos, pelo Canil Corumbá, na Capital Paulista, e presidente do Clube Paulista do Fila Brasileiro:” Nos anos 70, havia Filas que entravam nas exposições com a cabeça coberta, para não ficarem nervosos com as pessoas. Alguns chegavam a quebrar a guia ao avançar nos visitantes, como aconteceu no Parque da Água Branca. Vi um Fila escapar e matar um Dachshund numa exposição, no Camping Passárgada, em Cotia, SP. Eram cenas até freqüentes. No início da década de 80, percebi que isso estava prejudicando a imagem da raça. Passei, então, a educar meus Filas para aceitarem a aproximação de estranhos fora do território deles, sob meu comando, capacidade que infelizmente algumas pessoas desconhecem e que pode ser também aproveitada no convívio diário. Um dos primeiros detentores de várias premiações foi o Orixá do Kirongozi, do meu canil. Por volta de 84, muitos criadores e proprietários partiram para a mesma filosofia. Pessoalmente, só sociabilizo os Filas para exposicões. Os demais, prefiro que desenvolvam naturalmente o temperamento. Um Fila sociabilizado até aceita contato manual; permitir que lhe toquem a cabeça ou enfiem a mão na boca é                    sinal de sociabilizacão elevada. Por mais sociabilizado que seja, o Fila não permite que alguém entre no território dele (no jardim, po exemplo). Por isso, por segurança, recomendo prende-lo quando vier uma visita. Em hipótese alguma o Fila se volta contra o dono ou a família, com quem é sempre dócil e carinhoso.”




Antonino Barone Forzano, juiz há 55 anos, foi o único latino-americano a presidir a FCI, é considerado um dos responsáveis pelo reconhecimento do Fila pela entidade. Acompanhou de perto o comportamento do antigo Fila: ”Antigamente, o Fila era mais agressivo, e deixa-lo solto, longe do dono, podia ser perigoso. Lembro das exposições no Parque da Água Branca, de 1945 à 1950, em que os cães de um criador ficavam em jaulas. Não podiam ser avaliados pelos juízes sem que o proprietário estivesse por perto. Essa característica fez com que aprendêssemos a ver nos olhos do Fila se ele era extremamente hostil ou se poderia ser manipulado. Na maioria das vezes, ele se mostrava hostil.”     

            

José Pedutti, juiz da CBKC há pelo menos 25 anos e consultor de Cães & Cia:” O pior problema dos anos 70 não eram os Filas, mas os seus proprietários e os fileiros. Eles forçavam o temperamento agressivo da raça, dando tiros constantes para o alto, ao lado dos cães, para que ficassem irritados com o ruído. Incentivavam o Fila a morder, ao invés de educa-lo quando abusasse da agressividade. Era engraçado. Se não agredisse o handler e o juiz, então não era tido como um legítimo Fila. de meados da década de 80 para cá, felizmente, o criador tem feito questão de fazer do seu cão um animal bem comportado. Hoje, isso é tão notável que você pode ver Filas nas mãos de handlers-sem alterar a sua condição de guardião-o que era impossível antigamente. Em resumo, o que mudou não foi o temperamento da Fila, mas o nível dos criadores e proprietários.”

   

Hilda Drumond, juíza há 33 anos, cinóloga e consultora de Cães & Cia: “Nos anos 70, exaltava-se o cão feroz, que não permitia sequer uma aproximação amistosa, mesmo estando sob controle físico do dono. Desvirtuadas, as provas de temperamento exigiam que o Fila agisse como se fosse um covardão assustado, que atacava para não ser atacado. Os exemplares premiados éramos que                    demonstravam agressividade acentuada. Nessa época, quase todos os Filas eram assim. Já na década de 80, a raça começou a apresentar um novo comportamento. O marco desse período, não                    me esqueço, foi o Fila Orixá de Kirongozi, que era tudo que se podia esperar de um perfeito exemplar da raça. Além de ter uma estrutura excepcional, eu e outras pessoas às quais ele estava                    acostumado, podíamos brincar despreocupadamente. Nesse tempo, cogitava-se a mudança do temperamento no padrão, e acho que os criadores acompanharam essa tendência. De lá para cá, tudo mudou para melhor. Até a ponto de eu já ter visto um juiz julgando seis fêmeas soltas, todas sem guia, de frente para os seus condutores, atenta à isca exibida por eles. Hoje, o Fila tem-se mostrado totalmente sociável fora do seu território. ou seja, um verdadeiro cão de guarda, que associa eficiência a segurança.”



Procópio do Valle, criador há 48 anos, pelo Canil Kirimáua, do Rio de Janeiro, autor de O Grande Livro do Fila Brasileiro; Quatro Séculos de história do Brasil, uma das mais importantes publicações sobre a raca.” Na década de 60, o Fila era realmente bravo. Nas exposições, os juízes não podiam encostar nele. No padrão, era prevista a possibilidade de o Fila ataca-los e de não permitir que o                    tocassem. A partir de meados da década de 70, a sua agressividade foi reduzida gradualmente. Até entendo o motivo; o Fila em exposições não ganhava quando muito agressivo; o juiz que levasse uma dentada ameaçava processar o criador; por outro lado, proprietários negligentes descuidaram da segurança, deixando portões abertos, passeando em locais com muita gente, o que causou acidentes, inclusive a morte de algumas pessoas e teve repercussão negativa. Mesmo em países receptivos a cães de guarda, como nos estados Unidos, um processo pode arruinar qualquer um. Todos esses fatores contribuíram para que o temperamento do Fila fosse abrandado. Mas acho que o foi em excesso. Um verdadeiro cão de guarda nunca poderia ser solto no meio de outras pessoas, que não as pessoas da família do dono, ou circular pela rua longe do seu dono. Um Fila que passei entre o público numa exposição, sem avançar, perdeu as suas características. Em uma exposição em                    Israel, uma pessoa, que já tinha tido contato com a raça no passado, ficou horrorizada quando viu um juiz abrindo a boca do Fila. Depois, mandou-me um fax comentando:” Nesse mundo histérico, os cães de temperamento antigo estão desprezados. ”A pessoa que compra um Fila deve adquiri-lo com consciência e criá-lo para a guarda, acostumando-o à presença do dono e da família. Mas não deve habitua-lo aos visitantes da casa, nem permitir que seja tocado por eles. O Fila deve ser criado como um verdadeiro cão de guarda, fiel ao dono e com aversão a estranhos. Cabe aos donos de um cão com esse temperamento a responsabilidade de cria-lo ou te-lo com segurança, mantendo-o em locais específicos.”


 

Clélia Kruel, criadora brasileira, uma das maiores divulgadoras da raça no Exterior, particularmente nos EUA, onde vive atualmente e mantém o Camping Kennel. É juíza pela FCI e pelo States Kennel Club, e autora de livros em inglês sobre o Fila Brasileiro: ” Na década de 70, era considerado melhor o Fila que fazia uma boa guarda do que aquele bom companheiro. A ojeriza a estranhos, pedida pelo padrão oficial, era característica marcante na raça. Naquela época, os donos não sabiam controlar direito a agressividade com o qual o Fila nascia. Eu mesma tinha problemas com os meus. As visitas chegavam falando: ” Segura seu cão que eu vou chegar perto.” Nos anos 80, os criadores esforçaram-se para educar seus Filas para as exposições e conseguiram deixa-los mais sociabilizados, demonstrando discernimento nos momentos em que deveriam ou não atacar. Uma vez, nesse período, enquanto fazia uma verificação de ninhada, uma Fila se aproximou, rosnando e demonstrando raiva, mas não me atacou. Hoje, acho que o cão pode ser treinado para ir a exposições ou mesmo ser mais sociável. Mas se ele desenvolve suas características naturais de extremo apego à família, territorialista e indiferente a estranhos, pode sim ser perigoso. Cabe ao proprietário aprender a controla-lo. E é isso que tem acontecido: nos últimos anos, o Fila tem sido cada vez mais bem controlado por seus donos. De certa forma, representa uma boa mudança de comportamento. O ideal é que continue assim e não volte a ter incentivadores para ser feroz, como ocorreu na década de 70.”



O Fila e a Familha


Vamos expor nesta página o convívio do Fila Brasileiro e a família.
Seu porte, sua devoção, sua espontaneidade, sua coragem, seu temperamento, sua fidelidade, traz a qualquer família, segurança e confiança.
É um animal que podemos chamar de carente, pois está sempre pedindo carinho e quer sempre estar perto de seu dono, pedindo atenção e cafuné.


Se você tiver alguma foto do Fila com a família, nos enviar a foto para que ela seja colocada nesta galeria.

O Fila e a criança



Nesta página vamos falar do relacionamento do Fila Brasileiro com a criança.
O relacionamento do Fila Brasileiro com as crianças de seu convívio é excelente. Tranqüilo, manso, tolerante e muito carinhoso. Aconselhamos tomar cuidados com as crianças que não forem de seu convívio.


Se você tiver alguma foto de Fila com criança, nos envie para que ela possa ser colocada nesta galeria.


Galeria de Fotos






Está é uma página especial, especial porque é uma da saudade, nesta página não há necessidade do cão ser campeão, g. campeão, c. internacional, c. panamericano, está página é dedicada ao seu cão e a sua saudade.








 

Se você sente saudade do seu amigo Fila Brasileiro, envie-nos a foto e ela será publicada na galeria da saudade.


MANEJO DE CANIL
Manejo



Como construir um canil


Se você deseja melhores informações de como construir um canil solicite a Cães&Cia, a Revista Nº 203, que tera todas as informações sobre a construção e manejo de Cães.


INFORMACÕES IMPORTANTES

ção de beleza, ele merece todo cuidado e atenção, pelo prazer e alegria que ele lhe proporciona. Os cuidados, o manejo e a nutrição são de total responsabilidade de seu dono, que tem que saber se a alimentação fornecida ao seu Fila está compatível com a sua necessidade. O prazer que você sente em possuir um Fila depende muito de como ele é tratado, condicionado e preparado para desempenhar satisfatoriamente as funções que você espera dele, Não importa o nível de atividade de seu Fila. O que importa, é que ele seja manejado e alimentado de acordo com a sua atividade: quer seja para guarda, reprodução ou exposição de beleza. Reconhecendo que cada animal tem um grau diferente de atividade física, você deve encontrar um bom programa de alimentação. O consumo de alimentação deve fornecer ao seu Fila, os nutrientes necessários para sua atividade e as necessidades únicas e específicas para os filhotes.
A formação de uma raça, 50% dos valores melhor antes, entra pela boca, o que significa que não basta só a pureza genética, se não fornecermos uma boa alimentação. A alimentação é a pedra fundamental de um bom programa de manejo. Vamos falar mais especificamente, sobre cuidados, manejo e alimentação para o seu Fila Brasileiro. Quer ele sirva como guarda, como reprodutor, ou para exposi -
Fila para exposição

De um modo geral, tanto o Fila de guarda quanto o Fila de reprodução, tornam-se cães de exposição. Mas vamos falar especificamente dos cães de exposição que são aqueles exibidos regularmente e julgados em classe, onde a premiação está baseada na aparência geral, presença, conformação, tipicidade e ou outras características. Condicionar um fila para exposição exige conhecimento de como balancear a ração certa e o exercício apropriado de tal forma a colocar o animal na melhor condição corporal possível e ao mesmo tempo uma alimentação específica para cães de exposição. Pode-se usar esta recomendação também para preparar um filhote para venda, Melhorando sua aparência geral.

CÃES DE REPRODUÇAO

Os animais utilizados para a reprodução, têm necessidades nutricionais específicas. A fêmea tem uma atividade altamente importante que a coloca em um degrau acima dos outros cães. O papel da fêmea consiste em produzir uma cria sadia, alimenta-la até o desmame e estar em boas condições para uma nova cobertura,                    para tanto, continuar com sua vida produtiva. A prenhez da cadela envolve as mudanças as
mudanças internas que ocorrem à medida que ela atravessa os estágios de gestação e lactação. O período de gestação é de 58 a 65 dias. Um programa de alimentação, onde se deve oferecer duas vezes ao dia, uma ração de boa qualidade, atendendo as suas necessidades de prenhez, até os 50 dias, nos últimos 15 dias de gestação o crescimento dos filhotes exige mais proteína e sais minerais, nutrientes necessários para o desenvolvimento dos músculos e dos ossos. As exigências de energia aumentam apenas moderadamente neste período. Na realidade, muita energia na dieta da cadela prenha pode causar obesidade e problemas no parto. No início da lactação o filhote necessita do leite rico em energia, proteína, cálcio e fósforo. Para evitar um esgotamento desses nutrientes: “proteína, cálcio e fósforo”, da cachorra e mantê-la em condições de reprodução dentro dos 15 dias pós parto, o consumo diário de alimento durante o pico de lactação deve ser aumentado em relação à ração de manutenção. Exemplo: Se a fêmea come 1 Kg./dia em duas refeições de 500 gr. cada vez, aumenta-se para 1,5 Kg/dia divididas em três refeições diárias.
Padreador

A exigência nutricional do macho varia de acordo com a sua atividade reprodutiva. Ele deve ser mantido em boas condições durante o ano todo, de modo que durante a cobertura ele esteja em boas condições físicas e tenha a necessária capacidade reprodutiva.



Filhote em crescimento

Os filhotes mamando, desmamando e desmamados apresentam exigências nutricionais distintas, mas todos têm algo em comum: o crescimento. Do ponto de vista nutricional, o primeiro ano de vida do fila é o período mais crítico. Ele
necessita de quantidades maiores de energia, proteína, vitaminas, minerais e água para desenvolver um corpo forte para desempenhar a contento atividades a ele submetidas quando atingir a idade adulta.
De 80 a 90% do peso do fila adulto acontece entre o nascimento e os 18 aos 20 meses de idade. Qualquer carência na nutrição neste período pode alterar o seu desenvolvimento. Deve-se concentrar atenção nas necessidades nutricionais do filhote em crescimento, para oferecer-lhe alimentação  que o conduza ao estado adulto com um bom potencial de desempenho. Nas três primeiras semanas de vida, o leite materno satisfaz as necessidades do filhote, isto é, se a cadela estiver sendo alimentada corretamente. Já na quarta e quinta semana de idade, o filhote passa a ter necessidade de consumir uma ração balanceada, para crescimento, que tenha energia, proteína, vitaminas, sais minerais, suficientes para o desenvolvimento muscular e ósseo. Após 35/40 dias, o leite materno não é mais suficiente para sustentar seu crescimento. O desmame pode ocorrer com toda segurança. Aos seis meses ou até um pouco antes, quatro meses de idade, se o filhote estiver recebendo alimentação balanceada de boa qualidade, o exercício físico é um importante item, como caminhadas, passeios, mas sem força-lo muito.
Cães de Guarda
Se você usa o seu fila principalmente para guarda, as necessidades nutricionais de seu animal são moderadas. Neste caso, ele necessita de uma alimentação apenas para manter sua condição e estocar energia suficiente para desempenhar bem o seu papel de guarda. Filas são usados para tocar gado, apartar, etc são também considerados cães de guarda e trabalho. Os cães de fazenda exigem mais ração de manutenção.
Manejo de Higiene


O Fila Brasileiro tem pêlo curto, mas isso não é motivo para descuidar da pelagem. Banho e escovação periódicas, além de embelezar, ajudam a manter a boa saúde do cão. Por isto, preste atenção nos cuidados e dicas para que o banho não se transforme num trauma para seu cachorro. Antes do banho a primeira observação a ser feita, diz respeito às unhas do Fila Brasileiro. Por se tratar de uma raça de grande porte, as unhas já são aparadas naturalmente pelo contato com pisos rústicos. Contudo, às vezes pode ocorrer da quinta unha não estar aparada. Na medida que a unha cresce, ela começa a penetrar na pata do animal e provocar dor. Por este motivo, verifique sempre se estão aparadas, caso contrário será necessário cortá-las. Observe sempre na hora do banho de seu cachorro,  assim não passarão desapercebidas. Outro cuidado básico é com a escovação do pêlo. É recomendável que se faça diariamente na época de troca, para que os pelos mortos sejam removidos. Nos dias de muito calor também é aconselhável fazer uma escovação, assim o cachorro fica mais fresquinho e evita coceiras provocadas por pêlos mortos. A escova recomendada para cães de pêlo curto é a rastelo, com cerdas de aço. Precis-se saber manusear a mesma para não ferir o animal. A escovação deve ser feita no sentido contrário ao crescimento do pêlo, isto é, no sentido do rabo em direção à cabeça, de maneira cuidadosa e sem força. Na hora do banho no inverno, o banho é indicado a cada 30 dias. Já no verão, a frequência aumenta para um banho a cada 15 – 20 dias. A temperatura da água também varia conforme a estação: uqente na época do frio e morna nos dias quentes. Independente da estação, é muito importante que o banho seja um prazer, por isso trate muito bem o cachorro na hora do banho. Dedique um período longo do dia para realizar esta tarefa, assim o passo-a-passo poder ser realizado sem correria e o seu Fila Brasileiro vai aproveitar melhor o banho. Na hora do banho, os ouvidos merecem uma atenção
Escovando
Limpeza de Orelha
Cuidado com os olhos
maior. U  chumaço de algodão deve ser colocado dentro da orelha para evitar a entrada de água. A limpeza pode ser feita depois do banho com algodão e um produto especial, conhecido como epiotic, que evita a sarna ortorpítica. Nunca utilizar cotonete ou álcool para limpar as orelhas e ouvido do seu cachorro. Depois de tomada esta precaução, o cão deve ser ensaboado com shampoo próprio para cachorros. Não é muito aconselhado utilizar produtos de crianças, pois eles podem provocar escamações e problemas de pele. A seguir, enxaguar muito bem para não deixar vestígios de shampoo na pele e no pêlo do cachorro. Para retirar o excesso de água é necessário usar um pano primeiramente. Como o Fila Brasileiro é um cão de grande porte, a secagem pode ser feita ao sol nos dias quentes. Caso contrário, pode-se utilizar um secador de cabelo na temperatura morna. Nos pet shops são utilizados secadores profissionais para uma melhor e mais rápida secagem. Uma dica para que essas etapas sejam mais prazerosas: fale com o cachorro, deixe ele pegar confiança em                    você. O tom de voz deve ser firme, mas de forma gentil e com carinho. Se o su Fila Brasileiro não for alérgico aos produtos que compõe uma colônia, pode para finalizar colocar algumas gotas de colônia para cachorro. Assim ele ficará muito mais cheiroso.

Ciclo reprodutor da fêmea

A cadela em geral tem seu primeiro ciclo entre 6 a 12 meses de idade podendo ocorrer mais tardiamente. O ciclo apresenta 4 fases sucessivas que juntas duram de 5 a 7 meses, sendo a fase de anestro muito variável. a) Proestro: primeira fase aoarente, a vulva incha um pouco, aparecendo um corrimento claro que se torna sanguinolente, nesta fase a fêmea atrai o macho mas em geral não permite a cobertura. O proesttro dura de 8 a 13 dias.

b) Estro: o sangramento cessa, o inchaço da vulva diminui npodendo haver um fluxo claro. Nesta fase as cadelas aceitam a cobertura e a ovulação ocorre no segundo dia. A duração é de 5 a 10 dias.
c) Metaestro: geralmente desaparecem os sinais externos porém o útero se mantém ativo preparando-se para o período de repouso ou gestacional. Nesta fase a fêmea pode não ter sido coberta, porém continua a correr a produção do hormônio que manteria a gestação, ocasionando a pseudociese (falta de gestação), que manifesta-se em algumas fêmeas. Cerca de 6 a 10 semanas. D) Anestro: período de repouso, de duração variável, no qual o aparelho reprodutor fica inativo, durante aproximadamente 15 semanas.
Saúde do Cão - Leve sempre o seu cão ao           veterinário

Você pensou bastante, já tem um conhecimento ou experiência em raças de grande porte, tem uma área extensa para o animal se desenvolver e decidiu que irá criar Fila Brasileiro. Não se preocupe. Cuidar de um Fila Brasileiro não é uma tarefa difícil. Cuidados básicos de higiene e saúde podem ajudar na prevenção de certas doenças. São esses cuidados e algumas medidas de prevenção que serão passadas para facilitar
a criação do seu cachorro. A saúde de seu animal começa no momento da compra. É muito importante escolher um canil de boa procedência, que faça controle de displasia perfeito com laudo do veterinário indicando que o animal é negativo para displasia. Verifique se o canil possui uma boa higiene. Faça questão em conhecer os pais dos filhotes, assim você perceberá como é o temperamento deles. Se eles forem clamos, o próprio criador vai sugerir soltá-los, em sua presença. Verificar o temperamento dos pais é muito importante, pois os filhotes herdam essa característica dos pais. Outra dica na hora da compra é observar a ninhada. Aquele que se alimenta primeiro, é mais ativo e que toma as iniciativas é o “dominante” e precisa ser criado por pessoas experientes. Por isso, se esse não for o seu caso, procure escolher um filhote mais calmo. Agora que você já comprou o seu cãozinho, é importante tomar certos cuidados: deixar uma vasilha com água fresca próxima ao animal, manter tanto o local como o animal em condição boa de higiene e alimentá-lo com uma ração balanceada e de boa qualidade. Tomado esses cuidados você precisa ficar atento à vacinações. A V8 é dada em três doses a partir dos dois meses de idade, muitos criadores costumam dar uma ou mais doses de reforço, para cães da raça Fila Brasileiro. A vacina anti-rábica é dada com seis meses de idade. Um lembrete: é necessário fazer um exame de fezes antes da aplicação das vacinas, para indicar se o animal está com verminose. Se o exame for negativo, pode-se aplicar as vacinas. Como o Fila Brasileiro tem um temperamento decidido é importante o modo como você deve educar o seu cachorro. As medidas básicas para educar são: saber falar “não” para o animal, corrigindo quando ele fizer algo errado e falar com uma entonação bem dura, não é necessário gritar, apenas uma voz firme para mostrar ao animal que você não gostou do que ele fez. Uma última recomendação. Não adianta nada disso se não houver carinho. Tratar o animal com amor é imprescindível para que a relação de vocês seja perfeita. Viu como não é difícil ? Seguindo estes poucos passos, você conseguirá ter um Fila Brasileiro saudável. Mas não descuide, no caso de qualquer alteração do comportamento do seu cachorro, ou outros sintomas anormais, procure sempre um médico veterinário de sua confiança. O Fila Brasileiro não foge à regra. Como acontece com todas as outras raças, o Fila Brasileiro apresenta uma maior sensibilidade a determinadas doenças. A fase mais crítica envolve os primeiros doze meses de vida do animal. Nesta fase, o cachorro pode ser acometido por viroses, sarnas e até por problemas sérios de articulação como a displasia coxo-femural. Esta última também verificada em outras raças de grande porte. A maioria dessas doenças são genéticas; ou seja, são transmitidas pelos pais através de de gfenes, sendo por isso de difícil prevenção. Assim, para estes casos o que normalmente se sugere são cuidados para que os sintomas sejam amenizados e controlados. Não fique preocupado! Seu Fila Brasileiro pode ser um cão sadio. Ele não está totalmente a mercê da genética. Você pode contribuir em muito para o desenvolvimento saudável do animal. Ficar atento às medidas de prevenção é uma boa maneira de evitar que seu cão fique adoentado. A seguir serão relacionadas as doenças mais frequentes, sua prevenção e como tratá-las. Uma primeira preocupação refere-se a doenças virais, como a rotovirose, parvovirose e a coronavirose canina, que costumam aparecer nos primeiros meses de vida do animal. O nome parece complicado, mas são doenças que podem ser evitadas por vacinação. A prevenção é feita através da vacina V8. A vacinação é dada em três doses, sendo a primeira a partir dos dois meses de vida. As outras duas doses são aplicadas nu intervalo de trinta dias. Entretanto,é recomendável a aplicação de duas ou três doses de reforço. Mas isto não é garantia de que a virose esteja totalmente descartada. A rotovirose é uma das responsáveis pela enterite aguda nos animais, podendo causar uma infecção severa nos cães recém-nascidos. A morte não é rejeitada, as diarréias podem ser fatais. A parvovirose canina é uma doença infecto-contagiosa aguda, caraterizada por gastro enterite hemorrágica. Ela atinge principalmente os cachorros com até um ano de idade e pode levar a morte cães que não forem tratados em até cinco dias e filhotes com menos de dois meses, mesmo que apresentem já estar bem ou curados. As fontes de infecção são as fezes dos cães doentes, ou alimentos , água e ambiente contaminados pelas mesmas. Os sintomas são: febre variável, diarréia com sangue, salivação intensa e viscosa, vômitos frequentes e grave desidratação, uma vez que o animal perde vitaminas e eletrólito. Já a coronavirose é uma doença entérica, altamente contagiosa, caracterizada por vômitos e diarréia que acomete principalmente os jovens. Os sintomas são mais suaves: apatia, diarréia, vômitos, depressão, febre e variáveis graus de desidratação podem ser vistos ao exame clínico. Há medidas básicas para evitar a disseminação destas viroses: banho nos pés em soluções à base de cloro quando for entrar na maternidade e canis de animais jovens e adultos; evitar contato com filhotes de pessoas vindas de locais onde o perigo de contaminação seja eminente; manter sempre a higiene das instalações do sei canil. No caso do parvovírus, eles são resistentes aos desinfetantes comuns, sendo sensível somente ao cloro e iodo. E evidentemente possuir um esquema de                    vacinação para imunização dos filhotes. Vale lembrar que é anual o reforço da V8. Quanto ao tratamento, todos são baseados no combate aos sintomas da doença e na sanidade das instalações e para a parvovirose e coronavirose são utilizados também antibióticos, vitaminas e reposição hidroeletrolítica, devido à desidratação que estas viroses causam nos animais.
Displasia Coxo-femural - Um caso a parte
Primeiramente é importante desvendar o termo “displasia coxofemoral”. A displasia coxofemoral é a má formação das articulações coxofemorais, que é a articulação do osso do fêmur com o osso da bacia. Ela incide em todas as raças, principalmente nas grandes e de crescimento rápido. Atinge igualmente macho e fêmeo, podendo comprometer uma ou as duas articulações, em geral as duas. É interessante comentar que há mais animais que podem possuir gene da displasia, contudo não desenvolver a doença. Ela é classificada em cinco graus: A ou HD-sem sinais de displasia coxofemoral B ou HD +/- articulações coxofemorais próximos do normal C ou HD + displasia coxofemoral leve.

D ou HD ++ displasia coxo femoral moderado
E ou HD ++ displasia coxo femoral
A transmissão é hereditária, porém recebem influências ambientais por isso é fundamental que o animal evite traumas, como andar em pisos lisos, exercícios exaustivos quando pequeno e obesidade. Sobre esta última recomendação, evitar a obesidade, procurar não suplementar com vitaminas e cálcio a alimentação do animal. É evidente que o proprietário tem muito gosto em notar seu cachorro crescendo e engordando a cada quinze dias, contudo tem que ser observado que tal atitude estará comprometendo a saúde do seu Fila Brasileiro. Procure alimenta-lo somente com rações balanceadas e de qualidade. A displasia coxofemoral por ser uma doença genética não apresenta uma prevenção 100% segura. O único procedimento a ser tomado para evitar que novas gerações nasçam com displasia é o controle na reprodução, isto é, todos os animais utilizados na reprodução devem passar por uma seleção radiográfica. Além disso, esses animais aprovados também o devem ser no exame de descendentes. Para fins de reprodução, é permitido o acasalamento dos animais pertencentes às três primeiras categorias. Portanto se o animal, principalmente o macho, que se acasala várias vezes com diversas fêmeas apresentar uma displasia acima deverá ser castrado, inutilizando-o para a reprodução.
Os sintomas referem-se, sobretudo à locomoção do animal. Ela ocorre principalmente entre os quatro meses até aproximadamente dez meses de idade. O cão displásico poderá apresentar dificuldades para levantar, caminhar, correr, saltar e subir escadas. Em pisos lisos a dificuldade aumenta, as passadas são cada vez mais curtos, os animais não pratica mais exercícios e prefere ficar sentado ou deitado. Todos esses sintomas são em função das fortes dores provocadas pela displasia. O exame clínico poderá ser feito pela observação do animal em sua caminhada, na constatação de aumento de volume e assimetrias e na busca da presença da dor. Entretanto, o diagnóstico somente é definitivo com um exame radiológico. Ele é complexo e exige experiência do profissional para que o posicionamento do cachorro seja correto e as imagens de boa qualidade. Como se trata de uma posição incômoda para o animal é necessária uma anestesia geral, de preferência. O tratamento pode ser feito com medicamento ou cirurgia. Nesta última há várias possibilidades, desde as mais simples como a incisão de músculo até a prótese total, que deixa o animal praticamente mecânico. Modernamente tem se tratado a displasia coxa femoral com produtos de origem natural com a propriedade de regenerar e protegera cartilagem degenerada, uma analgesia natural. Realmente o que 
se pode fazer é proteger a articulação e a musculatura e

da e sofrida esta doença para o Fila Brasileiro, é que se incentiva o controle na reprodução. Cabe primordialmente ao criador que impeça que animais adoentados sirvam de matrizes, evitando que futuras gerações carreguem o gene da doença. É preciso conscientizar criadores e novos proprietários de que é deles a responsabilidade por animais fora dos padrões da raça. Cuidar da saúde do seu Fila Brasileiro requer muita responsabilidade e principalmente carinho. Se você notar que seu cachorro esteja com alguns desses sintomas, ou verificar que o comportamento do animal está alterado, procure rapidamente um médico veterinário de sua confiança.


Adestramento

ADESTRAMENTO
O adestramento é para tornar agradável o comportamento do cão, através de métodos de ensino e treinamento, de acordo com o seu caráter, temperamento e memória, não permitindo de hipótese alguma que o cão se torne teimoso, desobediente e caprichoso.
MANDAMENTO DO ADESTRADOR
Gostar de cães; significa que o adestrador deve conhecer o animal, seu temperamento, seu caráter e aptidões particulares;
Tratar os cães dom justiça; significa que o adestrador deve ser justo com o seu cão, porém enérgico quando necessário. Castigar o cão sempre que esse fizer algo que, pela aula recebida for considerado errado, Elogiar o cão sempre que esse executar um exercício correto;
Corrigir o cão visando sua educação; a correção serve durante o treinamento como forma de educação. Para se educar o cão devemos usar métodos especiais, que se iniciam desde o nascimento dos filhotes até a idade de adestramento. Corrigir não é castigar;
Nunca passar a lição seguinte, sem que o cão tenha apreendido a anterior; significa que o adestrador deve procurar ensinar corretamente a lição para seu cão, dentro da seqüência de método de adestramento, provocando assim uma confusão no programa a ser seguido. A seqüência no ensinamento dos exercícios não implica na execução perfeita dos mesmos;
Nunca encerrar urna aula após ter corrigido o cão; significa que o adestrador deve encerrar uma aula após um resultado satisfatório, seguido de elogios ao                    seu cão e se possível um pouco de recreação livre;
Saber comandar; significa que a voz de comando influenciará muito na obediência do cão. 0 cão distinguirá perfeitamente as nossas vozes de comando, uma entonação mais forte é para ele uma repreensão. As vozes de comando devem ser claras, curtas e enérgicas, quando ordenamos; doce e suave, quando elogiamos; áspera e rígida, quando corrigimos;
Não deixar que o cã se canse demasiadamente; significa que as aulas devem ser freqüentes e mais curtas, 30 minutos é o suficiente;
Nunca brinque com o cão enquanto estiver ensinando um exercício; significa que o adestrador não deve confundir elogiar o seu cão quando fizer uma proeza, com a obrigatoriedade de agradar o seu cão promiscuamente;
Muito cuidado no desenvolvimento do ataque; significa que o adestrador deve proceder da seguinte maneira: Nos cães de temperamento fraco, desenvolver                    o ataque com auxílio de um bom figurante, esse ataque deve ser progressivo; nos cães de bom temperamento, o treinamento de ataque deve visar, educação, adaptação e especialização; nos cães de temperamento forte, o treinamento visa exclusivamente a educação e o controle do animal. O maior defeito no treinamento de ataque é a agressividade descontrolada do cão;
Evitar que o cão fuja do treinamento; significa que o adestrador deve tomar muito cuidado nas mudanças de fases de adestramento, pois são nessas ocasiões em que o cão sofre uma transformação de comportamento no trabalho e o adestrador transmite uma certa preocupação e incerteza em conclui-lo.
Para evitar esse fracasso, somente seguir os nossos mandamentos acima. Um bom treino para você e seu cão.

REGRA GERAL
O adestrador precisa obter do cão uma obediência ativa, um trabalho executado alegremente e de boa vontade, e não uma obediência passiva. Suas ordens e seus gestos, não devem jamais intimidar ou espantar o cão. O                    cão adestrado não deve ser um escravo e sim um companheiro, um amigo, que trabalha por seu dono sem contudo, visar qualquer vantagem ou recompensa.
O adestrador deve esforçar-se em captar a confiança do cão e torná-lo afável a si, obedecendo suas ordens prontamente.
Uma vez começado o treinamento, os exercícios devem ser ensinados por completo, pois se interrompido a aula podemos condicionar-lhe um defeito para sempre. Os exercícios devem ser recapitulados em todas as aulas. Todas as vezes que o cão foge do treinamento, sabemos que, o adestrador ágil mal, não tomando as precauções necessárias a fim de evitar que o cão adquira esse defeito.
Quando corrigimos um cão, a correção deve seguir, mediante, a falta cometida; é preciso que, ao punir o cão, essa punição ocorra no momento em que ele errou, e não depois de ter passado algum tempo.
Domar não é adestrar, brutalizar não é punir. A brutalidade significa fraqueza do adestrador. As correções a serem empregadas no adestramento são: Reprimenda com palavras de entonação forte; um pequeno golpe na guia, de cima para baixo ou de baixo para cima em relação ao pescoço do cão.

CARACTERÍSTICA FÍSICA DE TODAS AS RAÇAS CANINAS
Todos os seres são classificados ou agrupados por naturalistas, de acordo com as semelhanças, afinidades ou relações morfológicas e biológicas em espécies, raças, famílias, variedades etc..., constituindo esta uma das questões que mais apaixonam os zoólogos. Eles têm classificado o cão como um animal carnívoro, herbívoro, quadrúpede, mamífero, da família dos canídeos, de tamanho de conformidade com a raça a que pertencem, extremidades finas terminadas em dedos, com unhas não retráteis, cauda comprida mas sem chegar ao solo, sistema dentário típico, órgãos dos sentidos muito desenvolvidos, sobretudo o olfato e a audição e dotado de grande capacidade de memória. Das características anatômicas ou constitucionais, dentro das fisicas, podemos adiantar que todos os cães carecem de glândulas sudoríparas. Quanto ao sistema dentário, é único no reino animal e por, conseguinte, característica comum e exclusiva da espécie.                    Quanto ao desenvolvimento dos sentidos, podemos considerar que o mais desenvolvido é o olfato, depois a audição; e visão etc. Para o cão o olfato é o que a visão é para o homem. O cão olfateia imensamente dentro de certos limites e por mais pequeno que seja o vestígio do odor desejado, ele o distingue entre vários outros, como uma pessoa pode escolher uma cor dentre outras. Referindo-se a adaptação do cão no meio ambiente, podemos dizer que outros animais, o cavalo por exemplo, sofrem grandes transtornos quando mudam de clima, regime alimentar e trabalho, chegando em alguns casos a morrer antes que se consiga alimenta-los. O cão ao contrário, é fácil                    de adaptar-se em qualquer lugar ou região; sua própria natureza reage e o defende contra as mudanças de clima e ambiente. De acordo com a temperatura e a alimentação ministrada, o corpo do animal sofre alterações (gordura e pêlo) que o adaptam aos diversos ambientes, um cão em região polar se alimenta na base de pescados e produtos gordurosos, ao passo que um outro de região tropical não necessita desses alimentos. Um cão transladado de uma para outra zona, em pouco tempo tem sua vida normalizada e a sua estrutura interna sofre modificações que a necessidade do novo ambiente lhe impõe.

TRAÇOS PSICOLÓGICOS E COMPORTAMENTOS CANINOS
TEMPERAMENTO: É o conjunto de qualidades inatas, que dirigem as atividades do cão ou indivíduo, e manifesta através de atitudes e atividades espontâneas. O temperamento é inato, se manifesta mesmo em recém-nascidos. É influenciada pelo sistema nervoso, pela composição bioquímica do sangue, constituição física e pela hereditariedade. É contestável à impulsos, porém seus efeitos podem ser dominados, mas é imutável. O temperamento é considerado estado fisiológico, conjunto dos pendores e qualidades predominantes do organismo. É acima de tudo coragem, firmeza de nervos e espírito de luta.
CARÁTER: O caráter no ser humano é integrante da personalidade; no cão é integrante do instinto que imprime no animal uma forma de conduta e que resulta de uma progressiva condições do ambiente natural, de adaptação do temperamento. Condicionado às treinamento e de trabalho. O caráter é adquirido e só se estrutura à medida em que o animal inicia seus contatos com o ambiente externo, de maneira mais direta e ativa. É influenciado pelo ambiente, porém é educável, pode ser mudado, embora tal mudança não se verifica com facilidade. O caráter é firmeza de vontade, fidelidade, constância e estabilidade na maneira de agir e reagir, aspecto psicológico de individualidade. O caráter pode também ser demonstrado através do comportamento do animal de trabalho, durante o treinamento e mesmo nos canis.
ÍNDOLE: É a soma do temperamento e o caráter.

TEMPERAMENTOS CANINOS
TEMPERAMENTO FIRME: são cães desde filhotinhos tranqüilos e desinibidos, em fatos estranhos demonstram mais curiosidade do que medo; quando na fase adulta demonstram ser calmos e vigilantes, latem pouco e estão sempre juntos dos seus donos quando necessário; são cães excelentes para serem ensinados.
TEMPERAMENTO INSEGURO: são os cães mordedores do medo, podem ser recuperadós, mas requer muita paciência.
TEMPERAMENTO BRINCALHÃO: são cães de gênio alegre, acabam por ser tornar cansativos, mostram seu carinho pelos donos de maneira desagradável e procura chamar a atenção para si.
TEMPERAMENTO COVARDE: são cães extremamente apavorados que tremem e rosna por qualquer motivo, está sempre com o rabo entre as pernas.
TEMPERAMENTO AGRESSIVO: são os marginais da espécie canina, são valentes porém de má índole, avançam em tudo e todos, sem nenhum motivo.

FATORES QUE LIMITAM O ADESTRAMENTO
O adestrador é, sem dúvida, o fator mais importante que influencia diretamente no êxito ou no fracasso de um cão. Fatos indicam que um adestrador verdadeiramente aplicado, mas que não possui os conhecimentos ou a competência devida, pode causar um considerável dano. Por este motivo, é fundamental que a pessoa que se proponha a treinar um cão, além de conhecer os métodos e técnicas adequadas, enquadra-se no perfil do adestrador ideal, isto é, possua as seguintes qualidades:
Amor pelos cães - Auto controle - Boa forma física
Calma - Curiosidade em aprender - Força de vontade
Paciência - Perseverança - Serenidade - Tranqüilidade.
É fundamental a aplicação doutrinária do binômio homem/cão. As atitudes mentais e gerais do adestrador se manifestam nas ações do cão, ou seja, ele será o seu reflexo.

QUALIDADE DO ADESTRAMENTO
O primeiro passo para um adestramento de qualidade consiste em estabelecer, com firmeza, os objetivos que se desejam alcançar e o que se espera da atitude canina. É preciso elaborar cuidadosamente cada uma das fases do treinamento, para que se favoreça uma progressão de maneira lógica e ordenada. Convém lembrar que um cão não possui a mesma mente do homem e a capacidade de compreender varia de um para outro indivíduo. Em conseqüência, alguns cães progridem com rapidez maior que outros. No entanto, com adestramento de boa qualidade, os resultados obtidos serão praticamente os mesmos. Embora possa variar o método ou a técnica, o segredo de todo condicionamento é saber descobrir e explorar as qualidades do cão. É de suma importância que o adestrador estude e conheça o seu cão, para poder utilizar o método que mais convenha e assim obter o resultado desejado. O treinador deve estar sempre atento, e em busca da perfeição, não permitindo que fixem falhas.

INTELIGÊNCIA E REFLEXOS CONDICIONADOS
O cão aprende rapidamente a associar certos sinais a acontecimentos eminentes, agradáveis ou desagradáveis. Assim, o tilintar das chaves que costuma anunciar a hora de passear será o suficiente para desencadear um estado febril no animal, mesmo que o dono não esteja pensando em sair. Os trabalhos do prêmio Nobel russo PAVLOV (1846 - 1936) tornaram clara a aquisição destes "reflexos condicionados" que, sendo inicialmente atos pensados, tornam-se depois simples automatismo.

INTELIGÊNCIA E APRENDIZAGEM
No cão, assim como no homem, uma parte da inteligência é inata e a outra adquirida, sem que se possa determinar muito bem a importância de uma relação à outra. De qualquer maneira, dizer que algumas raças são mais inteligentes do que outras não faz muito sentido. O máximo que se pode dizer é que o Pastor dos Pirineus, por exemplo, está melhor adaptado geneticamente para a guarda de rebanhos do que o Setter, que por sua vez, está melhor adaptado como o cão de caça. Isso não significa que todos os Pastores dos Pirineus ou todos os Setters tenham, de início a mesma capacidade. Por último, o potencial de cada indivíduo só se desenvolverá por completo se as circunstâncias o permitirem. Desta forma, sabe-se que um cachorro que esteja isolado dos homens ou dos seus semelhantes durante os                    primeiros meses estará atrasado em relação a outro cuja vida social tenha sido normal. Por isso a importância da educação que, ainda que não torne o cão "mais inteligente" lhe permitirá aproveitar ao máximo as suas capacidades.

ADESTRAMENTO BÁSICO
Antes de iniciar o adestramento, deveremos levar o cão para passeios durantes umas quatro ou cinco aulas, e procurar fazer amizade com o cão e descobrir suas habilidades e debilidades, para poder explora-Ia sutilmente. Fará brincadeiras e elogios para firmar o vínculo de amizade e confiança entre ambos, ajudando assim para o início do adestramento. Durante os passeios já vamos introduzindo alguns comandos: PASSEAR, NÃO, AQUI, que ajudará muito no futuro.

JUNTO OU FUZ : Marcará um ponto de partida com o cão ao seu lado esquerdo, verificará um ponto de referência a frente, e iniciará uma caminhada sempre com o pé esquerdo, juntamente com o comando JUNTO. Primeiro andaremos em uma linha reta, o cão caminhando corretamente no comando JUNTO, nós daremos agrados, caso ele atrase ou adiante, daremos leves toques na guia. Toda vez que paramos para descansar o cão, introduziremos o comando

SENTA, sempre auxiliando com a mão esquerda no posterior do cão. Depois fará um quadrado imaginário, e seguirá este quadrado fazendo conversão a esquerda, e toda vez que fizer uma conversão, dirá o comando JUNTO, e fará o agrado, e toda vez que o cão fizer corretamente mandaremos ele passear, para tornar agradável o                          aprendizado. Não esquecendo de sempre verificar a posição do enforcador, arrumando sempre em movimento e nas paradas.

NUNCA INTERROMPER A AULA PARA ACERTAR O COLAR. Após várias aulas, quando o cão já estando condicionado com os movimentos passados, iremos para a conversão a direita, com o mesmo quadrado observando as técnicas e lembrando que agora o cão estará do lado de fora, e teremos que ajudá-lo muito mais, pois não te'ra o apoio da perna esquerda. Intensificando assim os auxílios e agrados, afim de tornar agradável o exercício para o cão, também levando a passeio quando executando corretamente, deixando a próxima aula para outro local. Depois de feito conversões para o lado esquerdo e direito, faremos agora conversão em zigue-zague, utilizando das técnicas acima citadas, afim de criarmos reflexos no cão, pois nos facilitará quando tivermos que utilizar os movimentos parados. Agora faremos a meia volta ao cão, o condutor estando em movimento, fará conversão a sua esquerda, o cão passará por trás a sua direita, momento este que o condutor trocará a guia de mão para facilitar a passagem do mesmo, auxiliando com batidas de mão na perna esquerda, comandando JUNTO simultaneamente com os agrados, e seguindo o movimento em direção oposta, fará isto, até que o condicione por completo. Após ter ensinado todos os movimentos acima citado e o cão fazendo corretamente, introduziremos as mudanças de velocidades, trote e lento, utilizando das mesmas técnicas acima citadas, sempre que o cão assimilar uma aula perfeitamente e sem resistência, o levaremos para passeio como recompensa, também mudando os locais para que o mesmo não perca o interesse, e nem se canse do exercício.

SENTA OU SITZ: Este exercício foi introduzido na memória do cão, na fase anterior, e agora iremos aperfeiçoa-lo com as devidas técnicas. Ao fazermos o alto, o condutor estará com a guia na mão direita, o cão a sua esquerda, ao tempo que a mão esquerda, irá ao posterior do cão, formando uma pinça com o polegar e o
indicador. Feito isso o condutor flexionará seu posterior para baixo e para dentro, simultaneamente, a mão direita fará um ângulo de quarenta e cinco graus perpendicular ao solo com a guia, comandando o SENTA e logo após o FICA, agradando ininterruptamente, subindo lentamente a mão pelo seu dorso acariciando para acalma-lo e mantê-lo no local, deixando o mesmo nesta posição por algum tempo. Se houver resistência pelo animal comandaremos o NÃO ou FOY, afim de repreende-lo, comandando novamente o SENTA, efetuando todos os procedimentos acima até que não crie mais resistência e execute o exercício corretamente, momento em que o adestrador dará a recompensa, levando para passear, lembrando sempre de mudar os locais para não estressá-lo, temos que ter em mente que os exercícios devem ser em tempo curto, mas freqüente. Faremos inúmeras vezes este exercício até que o cão se condicione por completo, e atenda pelo comando. Quando o condutor ao fizer alto, o cão terá que sentar automaticamente ou a comando, estando nesta fase estará pronto e poderá passar para outra fase.

FICA OU BLEI: Este exercício é muito importante, pois dele dependerá todo o adestramento a seguir, pois é a base para firmar os demais. O adestrador sendo inteligente deverá tomar todas as precauções, e cautelas, para que o cão não adquira vícios nem defeitos, conseguindo assim êxito e perfeição. Iniciando
do exercício de SENTA, o condutor ensinará o cão a ficar, passando a guia da mão direita para a mão esquerda, a mão direita estará espalmada voltada para o cão; sairá lentamente com a perna direita para que o cão não o acompanhe, simultaneamente comandará FICA, para que o mesmo permaneça na posição; logo após retirará a perna esquerda lentamente, reforçando o comando de FICA, posicionando-se a sua frente, permanecendo por algum tempo; retornará ao lado direito do cão, fazendo-lhe agrados como recompensa, e tirando a passeios, retornando ao exercício em outro local. O condutor repetirá quantas vezes for necessário, e ao perceber que o cão firmou o exercício sem resistência, sairá novamente a sua frente com cautela, comandando FICA, efetuando semicírculos a direita e a esquerda estando ainda a um terço da guia, sempre visualizando o cão para corrigi-lo de imediato, caso se movimente, ou relaxe na posição; fará isso até que fique em toda extensão da guia, posteriormente liberando-a ao solo a sua frente, repetindo todos os procedimentos acima, retornando em seguida por traz se posicionando ao seu lado direito, dando-lhe as devidas recompensas pelo exercício. A fim de libera-lo por completo e firma-lo na obediência, efetuará todas as técnicas anteriores, porém a distância e sem a guia, chegando assim ao objetivo almejado.

DEITA OU PLATZ: Para ter uma postura melhor do cão nesta fase, o condutor deverá observar a posição da cauda e de seu posterior antes que o execute, tomando cuidado para que não caia para os lados, e também a altura de sua cabeça, que não deverá estar apoiada ao chão. O cão estando na posição de SENTA, o condu -
tor segurará a guia com a mão esquerda; sairá a frente do mesmo comandando FICA; colocará a mão esquerda pela alça da guia e se abaixando em frente ao cão; segurará com a mão esquerda no ante-braço direito do cão, juntamente com a guia, e com a mão direita o ante-braço esquerdo, flexionando-os para baixo e para frente, simultaneamente comandando DEITA, e logo após o comando FICA, para que o cão não saia da posição, mantendo-o ali por algum tempo e dando-lhe os devidos agrados, acalmando-o para não sair da posição. O cão estando deitado, o condutor levantará lentamente comandando FICA, utilizando um terço da guia, e fará semi círculos a direita e a esquerda, sempre visualizando o mesmo; retornará ao seu lado direito, e comandará SENTA, auxiliando-o com uma batida na perna esquerda, agradando e tirando-o para passear, e indo prosseguir a aula em outro local. Após ter feito várias aulas, tendo o cão memorizado, fará todos os procedimentos e técnicas novamente, aumentando a extensão da guia, passando sobre seu dorso tocando-o levemente com os pés para firma-lo; soltará a guia a sua frente e aumentará assim a distância, até que complete o círculo; retornará e recolherá a guia passando por trás, posicionando-se a sua direita comandando SENTA. Após agrada-lo, levará a passeios como recompensa por ter executado o exercício com perfeição. Já condicionado este exercício, o condutor introduzirá o gesto, sendo que após efetuar o círculo se colocará enfrente do cão comandando para que fique, segurará a guia na mão                          esquerda em toda sua extensão, o braço direito estará estendido com a palma da mão voltada para o solo a altura do focinho do mesmo. Comandara DEITA e simultaneamente gesticulará suavemente para baixo, até que o execute; de imediato comandará FICA, impedindo que se movimente, agradando-o e deixando-o permanecer nesta posição por algum tempo; soltará a guia ao solo a fim de efetuar o círculo em volta do cão, sempre comandando FICA, retornará a sua frente e pegará a guia lentamente com a mão esquerda. Uma vez que o cão já saiba o comando de SENTA, estando ao lado de seu condutor, passaremos a comanda-lo de frente com a introdução do gesto. O condutor estenderá o braço direito com a mão espalmada para cima ao lado do corpo, gesticulando suavemente para cima, simultaneamente comandará o SENTA, auxiliando-o com um golpe na guia, dando um passo em sua direção, controlando para que o mesmo não saia da posição, retornando em seguida ao seu lado direito, e tirando para passeio e fazendo agrados. O exercício só estará pronto após o condutor fazer todos os procedimentos acima e conseguir que o cão execute o exercício sem a guia, a distância através da voz e gesto, alcançando o objetivo do exercício.

AQUI OU HIER: O cão estando em SENTA, o condutor sairá a sua frente com a perna direita, e comandará para que fique; segurará a guia na mão esquerda pela alça com as pernas afastadas lateralmente, ao passo que a mão direita baterá à coxa chamando a sua atenção; apontará com o indicador para a direção do focinho do cão, mostrando a direção e o local a se posicionar. Comandará AQUI, chamando-o, e recolhendo a guia, ao aproximar-se comandará SENTA e FICA e o manterá nesta posição em sua frente por algum tempo, agradando-lhe e corrigindo-lhe sua postura se for preciso. Após, comandaremos JUNTO, auxiliando pela guia, passando o cão por trás, do condutor e posicionando em seu lado esquerdo no SENTA. Feito isso daremos o agrado como recompensa e levaremos para passeio, depois voltaremos com o exercício em outro local, o exercício estará completado somente quando o cão o fizer sem a guia.

NOÇÕES DE VETERINÁRIA
CRÂNIO: Há três tipos básico de crânio:
Dolicocéfalos - raças de focinho comprido como: Afghanhound, Collie, Dobermann, etc...
Braquicéfalos - raças de focinho curto e achatado: Bulldog Inglês, Bulldog Francês, Boxer, Pequines, etc...
Mesaticéfalos - raças não incluídas nas classificações extremas: Husky Siberiano, Retriver do Labrador, Poodle, Pastor Alemão, etc...

TIPOS DE MORDEDURAS
Tesoura Torquês (pinça) Prognatismo Superior Prognatismo Inferior
ORGÃOS DOS SENTIDOS
Visão - Audição - Olfato - Tato
CICLO REPRODUTOR DA FÊMEA
A fêmea em geral tem seu primeiro ciclo entre 6 à 12 meses de idade. O ciclo                    apresenta 4 fases
PROESTRO: primeira fase aparente, a vulva incha um pouco, aparecendo um corrimento claro que se torna sanguinolenta, nesta fase a fêmea atrai o macho mas em geral não permite a cobertura. De 8 à 13 dias.
ESTRO: o sangramento cessa, o inchaço da vulva diminui podendo haver um fluxo claro. Nesta fase as fêmeas aceitam a cobertura e a ovulação ocorre no segundo dia. De 5 à 10 dias.
METAESTRO: geralmente desaparecem os sinais externos porém o útero se mantém ativo preparando-se para o período de repouso ou gestacional. Nesta fase a fêmea pode não ter sido coberta, porém continua a correr a produção de hormônios que manteria a gestação, ocasionando a PSEUDOCIESE (gravidez psicológica), manifesta em algumas fêmeas. De 6 à 10 semanas. ADESTRO: período de repouso, de duração variável, no qual o aparelho reprodutor fica inativo. De 15 semanas.


ATENCÃO

Presados criadores, proprietários e adeptos da raça esclarecemos que as fotos colocadas nesse padrão comentado não tem a finalidade de denegrir qualquer cão ou de exaltar outros e sim de esclarecer, se por ventura desagradar alguém solicite-nos que nós retiraremos a foto solicitada de imediato.



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Links
Associação Protetora dos Animais - www.apasfa.org/index2.html
Bauru Kennel Clube - http://www.bkc.com.br/
Au! Cães - http://www.au.com.br/
Clube Paulista do Akita - http://www.clubepaulistadoakita.com.br/





                                                                 

5 comentários:

  1. Parabéns pelo blog. Pretendo adquirir um cão da raça Fila Brasileiro. Somos eu, minha esposa e dois meninos. Em 3 Corações, cidade vizinha, temos um criador respeitável. Mas tenho algumas dúvidas: o Fila estranha desconhecidos (ojeriza c/ estranhos, pelo menos é o que tenho lido), mas e quando passeamos com em espaços públicos, ele tbm estranha ou é mais dentro de seu território? Com o Fila, deve-se usar coleira ou enforcadeira? (particularmente não gosto de enforcadeira, mas me parece que com algumas raças o uso passou a ser inclusive obrigatório qdo em espaço público, além da focinheira). Qdo viajarmos, posso levar o cão ou corro o risco dele estranhar meus parentes distantes? Neste caso posso ver alguém para tratar dele, mas não me agrada a ideia de ir e deixa-lo, gostaria de leva-lo, afinal, o cão passa a ser parte da família (estou certo?). Estas são uma das dúvidas que tenho. Resumindo, tenho mais dúvidas estão mais relacionadas ao temperamento da raça. . Ps: vcs são de Bauru? Tenho parente aí! Teria o maior prazer de conhecer o espaço de vcs! Abraços, Mario

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  2. Gostaria de saber o que devo fazer para levar o Fila Brasileiro para Portugal

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    1. Leandro boa noite procura entrar em contato com o Dr. Carlos da crônica veterinária Lar dog que ele está capacitado a te dar informações mais precisas okm. Qualquer problema. s.p.vicente.br@gmail.com.

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  3. Boa noite e primeiramente gostaria de cumprimentar pelo excelente conteudo do site.
    Tenho um vira lata com pastor, que possui todas as caracteristicas comportamentais do pastor, pelo que entendo, muito docil com a familia, comportado educado apesar de nao ter sido adestrado, muito obdiente, gosta de brincar, demonstra submissão, tolerante com todos da familia mas traiçoeiro com estranhos. Ele tem 5 anos e peguei em feira de doação.
    Ganhei um fila cujos pais tem pedigri.
    Terei problemas com a convivencias destes cães?

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  4. Alguém conhece criador em Campo Grande Ms, procurando um reprodutor.

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